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Usina Belo Monte, localizada no rio Xingu, no Pará, é a maior hidrelétrica 100% brasileira / Crédito: Joédson Alves/Agência Brasil
A Norte Energia, que detém a concessão da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Pará, analisa medidas para ampliar a geração de energia durante todo o ano.
Localizado na região amazônica, o empreendimento foi construído sem um grande reservatório de água, o que limita seu funcionamento durante alguns meses, sobretudo durante o período seco.
Para se ter ideia, durante as chuvas a usina fica apta a operar com as 18 turbinas em funcionamento, durante todo o dia.
Já na seca, apenas uma turbina funciona, por cerca de 12 horas.
Uma das possibilidades em estudo é a construção de barragens ao longo do rio Xingu, o que permitiria aumentar a capacidade de reserva de água, sobretudo para o período seco, de poucas chuvas.
“Estamos fazendo essa avaliação, uma espécie de perícia à montante da usina, para identificar se seria possível alguma área que permitisse isso dentro das questões ambientais”, afirma o presidente da empresa, Paulo Roberto Ribeiro Pinto.
A ideia, segundo ele, seria construir uma espécie de uma “caixa d’água”.
Quinta maior hidrelétrica do mundo e a maior 100% brasileira, a usina tem capacidade instalada de 11,2 mil megawatts (MW), podendo atender a demanda de 60 milhões de brasileiros.
Os estudos ainda são preliminares e ainda não há muitos indicativos do que poderia ser feito.
A intenção, segundo o presidente, seria construir uma barragem, sem máquinas, com vertedouros.
“Essa área seria enchida durante o período da chuva e, durante os períodos de seca, estaria transferindo essas águas para as turbinas de Belo Monte”, explica, ao ressaltar que a ideia ainda é embrionária.
Há um impasse sobre o hidrograma da usina, que determina o regime de vazão das águas.
No fim do ano, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) cogitou avaliar a usina hidrelétrica de Belo Monte como de interesse nacional para destravar a discussão, com o objetivo de manter o nível atual de geração da usina hidrelétrica, principalmente para o contribuir com o sistema no período seco. Contudo, o tema não foi deliberado.
De acordo com o presidente, a empresa ainda aguarda uma decisão sobre o tema, mas ressalta que alterações do programa da usina podem inviabilizar o projeto.
Ele acredita que a discussão vai chegar a um caminho de consenso, analisando a segurança energética que a usina representa para o Brasil.
Redação CNPL sobre artigo de Marlla Sabino / Jota
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