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Trabalho versus capital

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(*)Rogerio Sampaio
 
Desde cedo, na chegada ao Congresso Nacional, mesmo aqueles já minimamente acostumados com suas rotinas de grandes decisões, pressentiam que esse seria um daqueles dias de embates fundamentais, envolvendo campos ideológicos e políticos opostos em tudo: patrões e trabalhadores buscavam resolver na votação em plenário, matéria fundamental para as relações de produção, trabalho e emprego no País, representado pela aprovação ou rejeição do Projeto de Lei 4330/2004, de autoria do então deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que na prática amplia os casos em que pode ocorrer a terceirização no Brasil.

A matéria, que tramita há 11 anos no Congresso chegou, enfim, no instante decisivo de sua votação, em um momento desigual para as forças envolvidas na batalha. De um lado a bancada empresarial, forte, unida e coesa. De outro a bancada trabalhista e sindical bastante esvaziada após a eleição do ano passado, onde perdeu força e substância.

 
Não bastasse enfraquecida no fator numérico, a bancada laboral também não conseguiu o reforço popular nas galerias, que foram vetadas aos populares, trabalhadores e sindicalistas. Mas, não só as galerias. As dependências do Congresso Nacional também foram fechadas aos trabalhadores e representantes dos movimentos sindicais, malgrado empresários e representantes de federações patronais desfilassem livremente pelos corredores, Salão Verde e até mesmo dentro do Plenário da Câmara.
 
Esse tratamento desigual por parte do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, pode ter sido um dos estopins para o acirramento de ânimos que permeou todo o decorrer das discussões sobre o PL, tanto dentro do Plenário como nas circunvizinhanças da Câmara, onde trabalhadores, policiais e, até mesmo parlamentares, trocaram agressões e xingamentos, em claro prejuízo para a democracia.
 
E o pior é que para hoje, continuação da votação do projeto de lei, as expectativas são as mesmas. Que em vez do debate técnico e racional sobre a matéria, que é reconhecidamente lesiva aos interesses do trabalhador, que precariza relações de trabalho e enfraquece o movimento sindical, se sobreponha a votação terminal do PL, sem que todos os pontos necessários à construção de um amplo entendimento tenham sido minimamente conquistados.
 
Trabalho versus capital continua sendo uma luta injusta e desigual, infelizmente.
 
(*) Jornalista – Assessor de Imprensa CNPL
 

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