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No mundo todo, ocorrem anualmente 337 milhões de acidentes de trabalho não fatais, que resultam, no mínimo, em três dias de afastamento do trabalho. Além disso, a cada ano, surgem 160 milhões de casos novos de doenças relacionadas ao trabalho. E ocorrem 2,31 milhões de mortes relacionadas por acidentes e doenças, das quais 1,95 milhão por doenças e 358 mil por acidentes.
Os dados foram apresentados durante eventos relacionados ao Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho pela Diretora do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo. Ela participou, em Porto Alegre, no fim do mês de abril, do III Seminário de Valorização do Trabalho e Vida, realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Porto Alegre, com apoio do CREA-RS. O evento reuniu empresários, sindicalistas, trabalhadores, integrantes de órgãos públicos e privados e debatedores na busca de soluções para os maiores problemas da Construção Civil.
“O trabalho só pode ser decente se for seguro e saudável”, disse Laís Abramo, enfatizando que deve haver um fortalecimento da capacidade nacional para implantar uma política nacional de segurança e saúde do trabalho. Isso pode ocorrer por meio da mobilização dos parceiros sociais apoiando a política nacional e as ações locais.
Laís Abramo também destacou que a realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil em 2014 pode abrir uma série de oportunidades para que os temas do mundo do trabalho sejam favorecidos com a realização deste evento e também outros, como as Olimpíadas de 2016.
A Diretora da OIT notou que eventos como a Copa do Mundo têm grande potencial de geração de recursos para setores direta ou indiretamente envolvidos no planejamento, preparação e execução dos jogos; grande oportunidade para investimentos em setores chave da economia do país e grande potencial de geração de empregos.
Esses fatores abrem caminho para potencialidades como trabalhos e empregos de qualidade, ambientalmente sustentáveis, permanentes, para jovens e outros grupos menos favorecidos no mercado de trabalho (mulheres, negros/as, pessoas com deficiência). Da mesma forma, existem riscos embutidos, tais como: trabalhos informais e precários, acidentes de trabalho, jornadas exaustiva, trabalho infantil e exploração sexual de crianças e adolescentes, trabalho em condições análogas à escravidão e tráfico de pessoas, desrespeito aos direitos dos trabalhadores migrantes e problemas ambientais e impactos sociais nas populações que vivem nas imediações dos estádios.
Fonte: OIT
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