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Trabalho remoto reduzirá valor de escritórios em US$ 800 bi, estima McKinsey

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  • 30 de julho de 2023

Vacância em edifícios comerciais |Demanda por espaços de escritório será 13% menor no final da década, prevê McKinsey(Bloomberg/Bing Guan)

O trabalho remoto corre o risco de reduzir em US$ 800 bilhões o valor dos edifícios de escritórios em grandes cidades, de Nova York a Londres e Xangai, destacando as perdas potenciais que os proprietários enfrentam devido às mudanças pós-pandemia nas tendências de emprego.

A pressão inicialmente exercida pela covid-19 em direção ao trabalho híbrido tem reduzido a necessidade de espaço de escritório, com taxas de vacância em trajetória de alta, conforme relatado pelo McKinsey Global Institute em um relatório divulgado no último dia13/7.

O relatório previu o impacto nos valuations até 2030 em nove cidades ao redor do mundo.

A estimativa de perda de US$ 800 bilhões no valor representa uma queda de 26% em comparação aos níveis de 2019 e pode se agravar para até 42%, segundo a empresa de consultoria.

“O impacto no valor poderia ser ainda maior se o aumento das taxas de juros agravá-lo”, afirmou a McKinsey.

Isso poderia aumentar caso as instituições financeiras problemáticas decidirem reduzir mais rapidamente o preço dos imóveis que financiam ou possuem.

Necessidade de espaço de escritório | São Francisco e Nova York sofrerão maior impacto até 2030 (Source: McKinsey)

O modelo da McKinsey oferece uma visão de como proprietários de imóveis e credores estão lidando com as mudanças no local de trabalho após a pandemia.

Essa mudança também afeta o valor do setor imobiliário comercial e residencial, pois os novos hábitos das pessoas influenciam onde elas fazem compras e vivem.

Em um cenário moderado, a demanda por espaços de escritório será 13% menor no final da década, estimou a McKinsey.

Ainda assim, a frequência de comparecimento é 30% menor do que era antes da pandemia, e apenas 37% das pessoas voltaram ao escritório todos os dias.

A movimentação perto das lojas nas áreas metropolitanas permanece de 10% a 20% abaixo dos níveis pré-pandemia, segundo a McKinsey.

A menor presença nos escritórios levou a uma queda nos aluguéis solicitados em termos reais.

As cidades dos Estados Unidos geralmente registraram quedas mais acentuadas, com São Francisco e Nova York apresentando declínios de 28% e 18%, respectivamente, enquanto centros europeus como Paris, Londres e Munique têm sido mais resilientes.

A tendência deve continuar, com mais empregadores reduzindo espaços para reduzir custos assim que os contratos de locação de longo prazo expirarem.

“Alguns inquilinos optaram por não esperar pelas datas de renovação e, em vez disso, pagaram para rescindir contratos de longo prazo”, afirmou a McKinsey.

Os incorporadores podem se adaptar à demanda em declínio por espaços de escritório e varejo por meio da criação de edifícios híbridos, cujo design e infraestrutura podem ser modificados para atender a diferentes usos, afirma a McKinsey.

“Tais projetos ‘protegeriam os proprietários de mudanças de preferências impossíveis de prever atualmente’”, apontou o relatório.

Além disso, “porque os inquilinos estarão se mudando com mais frequência, os edifícios podem se tornar mais valiosos caso se tornem mais adaptáveis”.

Redação CNPL com informações de expresso.arq