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Trabalhadores param o Brasil em protesto às Reformas Trabalhista e Previdenciária

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A Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL), federações e os sindicatos da base filiada foram às ruas nessa sexta-feira, dia 28 de abril, em Brasília/DF, para fortalecer a luta dos trabalhadores contra as Reformas Trabalhista (PL 6.788/16), Previdenciária (PEC nº 287/2016) e a terceirização. Unidos e de forma pacífica, trabalhadores em todo o país suspenderam suas atividades por 24h e reivindicam a preservação integral e legítima de todos os direitos trabalhistas e previdenciários conquistados historicamente, bem como cobraram dos parlamentares eleitos pelo povo, o cumprimento da Constituição Cidadã de 88.

A população demonstrou ao governo Temer o descredito com a atual gestão. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, sete em cada dez brasileiros se dizem contrários à reforma da Previdência, o que representa 71% da população brasileira. A rejeição chega a 83% entre os funcionários públicos, que representam 6% da amostra e estão entre os grupos mais ameaçados pelas mudanças nas regras para aposentadorias e pensões. Há maioria antirreforma entre todos os grupos sociodemográficos, e a taxa cresce entre mulheres (73%), brasileiros que ganham entre 2 e 5 salários mínimos (74%), jovens de 25 a 34 anos (76%) e os com ensino superior (76%).


A paralisação nacional foi marcada por palavras de ordem contra o total desrespeito às questões sociais encampadas pelo presidente Temer e repercutida por parlamentares na Câmara dos Deputados. Na madrugada do dia 27 de abril, o plenário da Câmara aprovou a proposta de Reforma Trabalhista. O desrespeito foi tamanho que para garantir mais votos favoráveis, o presidente Temer chegou a exonerar ministros que têm mandato de deputado na Câmara para que engrossassem os votos favoráveis à reforma. Agora, o projeto se encontra no Senado como PLC nº 38/2017.

A mobilização popular também reivindica a previsão de votação do projeto de Reforma da Previdência logo após o Dia do Trabalhador, na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Os trabalhadores temem que a legislação trabalhista, conquistada à duras penas ao longo de anos, seja aniquilada e, conforme prevê o texto da Reforma Trabalhista, as relações de trabalho sejam análogas ao trabalho escravo.

A população lamenta que a troca de cargos por apoio político seja uma realidade comprovada. A população lamenta também que o governo Temer encare financiamentos partidários como legítimos e retrate o financiamento da luta sindical em de defesa dos trabalhadores como ilegal.

Mais uma vez, a Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL) reforça seu compromisso de luta em defesa dos trabalhadores. A Diretoria da Confederação garante que continuará engajada em todas as frentes, quantas forem necessárias, para que os direitos dos trabalhadores prevaleçam e garante que o poder econômico não destruirá a chama de defesa dos trabalhadores.

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