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No ano passado, a Visier, plataforma canadense de people analytics, entrevistou 1000 funcionários em tempo integral nos EUA para entender melhor suas necessidades de “parecerem produtivos” e os fatores que influenciam a tomada de decisões no local de trabalho.
Eles descobriram que, quando as empresas pressionam os funcionários a produzir para reduzir custos, os trabalhadores reagem priorizando tarefas que os fazem parecer produtivos e visíveis para a gestão, em vez de realizar trabalhos impactantes — um fenômeno que a Visier chama de “teatro de produtividade”.
Quase metade (43%) dos funcionários passa mais de 10 horas por semana em tarefas de “performáticas”.
A maioria (75%) disse que responde rapidamente aos colegas ou mantém a tela do computador ligada enquanto não está trabalhando ativamente. 88% dos funcionários cujos empregadores usam ferramentas de monitoramento concordam que o trabalho performático contribui para seu sucesso profissional, mas que a vigilância faz mais mal do que bem.
Novas pesquisas publicadas no início do mês confirmam essas conclusões.
Segundo um estudo da BambooHR, o teatro da produtividade ocupa grande parte do meio corporativo norte-americano, revelando que a visibilidade do trabalho é mais importante do que a produtividade real.
Um quarto dos executivos admite que esperava por uma rotatividade ao implementar políticas recentes de retorno ao escritório.
Agora, mais de 79% dos funcionários presenciais e 88% dos trabalhadores remotos afirmam que precisam usar táticas performáticas para mostrar que estão trabalhando.
O estudo com 1500 trabalhadores e profissionais de RH nos EUA examina o sentimento dos funcionários e empregadores em relação ao formato do trabalho.
Eles descobriram que o modelo híbrido e as políticas presenciais têm consequências inesperadas que levam os colaboradores a adotar táticas do “teatro da produtividade”.
Destaques do estudo incluem:
“A conversa sobre os modelos de trabalho é uma das coisas mais importantes a serem abordadas e esclarecidas como empresa”, enfatiza Anita Grantham, diretora de RH da BambooHR.
“Se for necessário fazer uma mudança nos formatos de trabalho, é importante lidar com a transição cuidadosamente. Qualquer transformação precipitada pode deixar a cultura da empresa em uma situação precária, com funcionários divididos e insatisfeitos”.
Táticas performáticas e o efeito do status verde
Os profissionais adotam diversas estratégias para marcar presença, seja trabalhando presencial ou remotamente:
Gerentes incentivam funcionários a produzir ou sair
O estudo constata que muitos líderes estão usando políticas de retorno ao escritório como uma tática para aumentar a produtividade dos funcionários ou até incentivá-los a sair, deixando 22% das equipes de RH sem métricas claras para medir uma volta presencial bem-sucedida.
A pesquisa conclui que as estratégias de gestão não estão produzindo os resultados desejados.
Grantham conclui que o teatro da produtividade e as culturas desconfiadas de algumas empresas são prejudiciais para o crescimento final e está ficando mais claro que a experiência de cada funcionário deve ser levada em consideração.
“É aceitável ter políticas amplas de retorno ao escritório, mas quando 61% dos pais e cuidadores priorizam o trabalho remoto para cumprir suas responsabilidades familiares (em comparação com 38% dos não cuidadores) e 63% dos trabalhadores com deficiências também preferem o formato virtual (em comparação com 51% dos trabalhadores sem deficiências), exceções individuais fazem sentido”.
“Estamos buscando um equilíbrio entre as necessidades da organização e as das pessoas com quem trabalhamos”.
Redação CNL sobre artigo Bryan Robinson
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