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O presidente da União Mundial das Profissões Liberais – UMPL, Francisco Antônio Feijó aproveitará sua presença na 102ª Conferência Internacional do Trabalho, que está sendo realizada em Genebra, entre os dias 5 e 20 de junho, sob os auspícios da Organização Internacional do Trabalho – OIT, para proferir um discurso em defesa da importância da Organização nas relações de trabalho em nível mundial e da atuação dos profissionais liberais neste contexto.
Francisco Feijó, que também é o atual Tesoureiro-Geral da Confederação Nacional das Profissões Liberais – CNPL, e ex-presidente da entidade, ocupará a tribuna da Conferência no próximo dia 14 e abordará entre outros assuntos, o chamado fenômeno da globalização, que está provocando mudanças rápidas no mercado de trabalho, o que obriga na busca de novas propostas.
“A OIT sempre foi, ao longo dos seus 93 anos de existência, e deverá continuar sendo, o foro de discussão das relações entre o capital e o trabalho e o lugar de análise e reflexão das normas internacionais a serem aplicadas por todos os governos e países membros em suas respectivas legislações trabalhistas. Apesar deste trabalho desenvolvido pela OIT, persiste a utilização do trabalho escravo, da exploração da mão de obra infantil, o descumprimento das normas de segurança, as diferenças salariais entre homens e mulheres, a agressão ao meio ambiente e uma série de outras atitudes que em nada contribuem para que tenhamos o trabalho decente como objetivo final”, denuncia Feijó. Segundo o presidente da UMPL, o maior desenvolvimento social, cultural e econômico de alguns povos, não acompanhado igualmente por outros, aumenta a possibilidade de desobediência a estas normas e contribui para a manutenção da exploração do trabalho de menores e mulheres no limite da escravidão. Para ele, o sistema tripartite de representação da OIT, que persiste desde sua origem, com maior força e poder para os governos membros, não tem sido capaz de dar resposta adequada e solucionar as questões do mundo do trabalho. “Talvez as razões estejam na baixa sindicalização dos trabalhadores, com uma média mundial que não passa dos 10%, da ausência da representação dos grandes conglomerados industriais, que também não participam dos sindicatos patronais e dos países membros, cujos governos adotam uma dupla política, apoiando aqui nas conferências a aprovação de normas e depois trabalhando para que não sejam implementadas em seus países em toda a sua plenitude”, diagnostica Feijó. “E – prossegue o dirigente -, quando todos estes obstáculos são superados e as normas são aplicadas, deparamo-nos com um novo mercado de trabalho, com maioria de trabalhadores informais, não qualificados e por outro lado com pequenas e médias empresas, empreendedores individuais ou, como no nosso caso, profissionais liberais para os quais as normas não servem de parâmetro ou simplesmente são inadequadas”. Pensar o futuro Para Francisco Feijó, a despeito da indiscutível importância da OIT para o mundo do trabalho, é chegada a hora de se repensar o modelo de atuação. “É hora de pensar no futuro, num futuro próximo, num futuro que já chegou, na verdade. Se a nossa querida e respeitada OIT não mudar, tomará decisões que só serão aplicadas a uma pequena fatia do mercado de trabalho, deixando de fora o crescente papel e importância daqueles que não estão inseridos nas relações formais de trabalho”, vaticina. Na receita para um novo modelo de atuação, em contrapartida ao modelo tripartite atual, Francisco Feijó destaca a necessidade de, a cada dia mais, oferecer voz e opinião àqueles que representam uma outra esfera do mundo do trabalho, como é o caso da União Mundial das Profissões Liberais – UMPL. “Somos milhões de profissionais liberais no mundo inteiro, de todas as áreas do conhecimento humano e prestamos serviços em todos os países, contribuindo para o desenvolvimento social, técnico, científico e jurídico.
Somos parte do ‘quarto pé’ desta mesa do mundo do trabalho e estamos à disposição da OIT para colaborar no aprimoramento das relações laborais e na busca de uma sociedade mais justa, ética e desenvolvida”, finalizou Feijó. CNPL em Genebra O presidente da Confederação Nacional das Profissões Liberais – CNPL, Carlos Alberto de Azevedo, também está acompanhando a 102ª Conferência Internacional do Trabalho. “O que se discute aqui em Genebra é de extrema importância para os trabalhadores em todo o mundo, ainda mais nesse momento em que as relações de trabalho mudam e se dinamizam em proporções e velocidades muito grandes. O universo do trabalho já não é o mesmo que conhecíamos há tempos atrás e devemos estar preparados para uma melhor compreensão global dessas novas relações e da forma como elas vão repercutir entre os profissionais liberais brasileiros”, afirmou Azevedo.
Fonte: Assessoria de Imprensa / Comitê de Divulgação CNPL
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