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PIB do 2° trimestre deve ter consumo das famílias como destaque, preveem analistas

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  • 31 de agosto de 2023

Período teve desaceleração da inflação e mercado de trabalho aquecido; setor agrícola deve mostrar retração na margem, após forte 1° trimestre

 

Após a forte alta de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestre de 2023, a economia deve ter crescido em ritmo menor no período entre abril e junho e com um detalhamento mais equilibrado.

Se no início do ano, o setor agrícola carregou o desempenho da economia para cima, no segundo trimestre, os serviços e o varejo terão o papel principal, segundo analistas.

As projeções para a variação do PIB no 2º trimestre em relação ao primeiro variam de acordo com o peso que cada banco ou casa de investimentos dá para a temperatura do consumo das famílias no período, marcado pela desaceleração da inflação e pelo mercado de trabalho ainda aquecido.

Claudia Moreno, economista do C6 Bank, por exemplo, estima que o IBGE deve divulgar na sexta-feira (1° de setembro) que produto interno brasileiro cresceu 1,1% na comparação com o primeiro trimestre e 3,6% ante o segundo trimestre do ano passado.

“Esperamos que o consumo das famílias tenha registrado uma alta de 1,5% neste trimestre, impulsionado pelo setor de serviços e pela expansão do varejo. Para o segundo semestre, o consumo deve desacelerar, porém encerrar o ano com alta de 1,5%, aproximadamente”, prevê.

Já para o setor agropecuário, a projeção é de uma contração de 2,2%.

Mas, isso após o forte  crescimento de 21,6% no trimestre anterior, motivado pela super safra de grãos.

Com isso, mesmo desacelerando, a estimativa é que o PIB agrícola feche o ano crescendo sólidos 12%.

O ponto negativo no trimestre devem ser novamente os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que continuam a sofrer impacto do juro real elevado ao longo de todo o ano e deve vir negativo mais uma vez.

Para 2023, o C6 Bank mantém sua projeção de expansão de 2,5% n PIB, com perspectivas fracas à frente também crescimento mais moderado em todo o mundo, influenciado pelo aperto monetário dos principais Bancos Centrais.

O economista Rodolfo Margato, , também diz em relatório ter avaliado a economia brasileira em trajetória de crescimento no segundo trimestre, embora perdendo fôlego ante os bons número do trimestre inicial do ano.

A estimativa é que que o PIB tenha aumentado 0,5% na comparação trimestral e 2,8% na anual.

Um destaques deve ser o PIB de Serviços, segundo o economista da XP, que aponta o décimo segundo trimestre consecutivo de aumento, embora com sinais mistos entre seus componentes. De acordo com as estimativas de Margato, o PIB total de Serviços expandiu-se  7% na comparação trimestral e 2,3% na anual.

Ainda de acordo com especialistas, o varejo avançou 1,8% no 2º trimestre, os serviços de armazenamento de transporte  cresceram 1,3% e os serviços de comunicação e informação foram 1,2% mais altos.

“No entanto, não acreditamos que estas atividades manterão o forte ritmo de crescimento daqui para frente. Por exemplo, as vendas no varejo foram influenciadas pelo programa temporário do governo direcionado ao setor automotivo, enquanto os serviços de transporte colheram frutos de uma produção agrícola recorde.

.Margato também considera que a Agropecuária deve perder o protagonista observado nos primeiros três meses do ano, devido à dissipação do efeito da colheita recorde de grãos, especialmente da soja. A projeção é uma queda de 2,8% no trimestre, mas o resultado semestral e anual deve ser ainda bem positivo.

Ainda do lado da oferta, a expectativa é que o PIB da Indústria deverá apresentar um crescimento moderado no trimestre (+0,6% na comparação trimestral e 1,2% na anual, com um papel mais preponderante da extrativa de mineração.

Enquanto isso, a indústria de transformação e a construção civil vão mostrar crescimento modesto no trimestre, longe de compensar as perdas significativas observadas nos dois trimestres anteriores.

 “Essas atividades provavelmente permanecerão em trajetória descendente no curto prazo”, diz Margato no relatório.

“Do lado da demanda, a absorção interna retomou o crescimento no 2º trimestre, mas a tendência de arrefecimento persiste. Enquanto isso, calculamos uma pequena contribuição negativa do setor externo no último trimestre, após uma forte adição líquida no 1º trimestre”.

Os dados recentes confirmam a desaceleração gradual da atividade econômica brasileira, tendência que deve continuar nos próximos trimestres.

“As condições de crédito restritivas, a dissipação do impulso “pós-covid” e o choque positivo agrícola, bem como uma moderação no mercado de trabalho apoiam este prognóstico”, diz o texto do relatório.

A projeção para o crescimento do PIB em 2023 permanece em 2,3%, mas com viés de alta, devido ao desempenho do primeiro semestre acima do estimado.

O Itaú, por sua vez, espera que o PIB tenha crescido 0,3% na comparação com o primeiro trimestre de 2023 e 2,7% no confronto com o resultado do segundo trimestre de 2022.

Em relatório assinado por Natalia Cotarelli e Matheus Fuck, o banco também considera que o destaque no período provavelmente será a contribuição positiva do setor de serviços.

Essa atividade, segundo as estimativas do Itaú, cresceu 0,6% na margem. A indústria, por outro lado, deve ter ficado estável no período, enquanto o PIB agrícola caiu 2,4%, recuperando parte do forte aumento registrado nos três primeiros meses do ano.

“No segundo semestre, esperamos uma ligeira desaceleração do crescimento do PIB, para 0,1% na margem, arrastada pela contribuição negativa do PIB agrícola”, diz o relatório.

Dentro de Serviços, o Itaú diz que o destaque deve ser de “outros serviços”, que inclui os serviços prestados às famílias, que acelerou para 1,4% no segundo trimestre, ante 0,2% nos três primeiros meses do ano na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE.

“Do lado da demanda, destaque positivo para o consumo das famílias. Estimamos aumento de 3,0% em relação ao mesmo período do ano passado no consumo das famílias, impulsionado pelos estímulos fiscais – aumento do salário-mínimo e aumento do programa de auxílio Bolsa Família – e pela resiliência do mercado de trabalho ”.

“Além disso, “varejo” (+1,4%), “transportes” (4,1%) e “tecnologias de informação” (4,6%) também devem ter contribuído para o crescimento do setor na margem.

O banco também acredita que o PIB industrial deverá apresentar estabilidade na margem e crescimento de 0,3% na comparação anual, ante 1,9% no 1º trimestre do ano. “Analisando a composição, esperamos desempenho misto, com contração em ‘indústria de transformação’ e ‘construção’ (-1,7% e -0,6% na comparação anual, respectivamente), mas avanço em ‘utilities’ (1,5%) e ‘sectores extrativos’ (5,0%).”

Também para o Itaú, a leitura de investimento provavelmente registrou queda de 2,1% na comparação anual, o que na margem vai significar um ligeiro aumento, após a queda acentuada no 1º tri. Já o setor externo deverá continuar a registar uma contribuição positiva, com destaque para o crescimento de 11,5% nas exportações.

Por fim o, Itaú diz esperar para o segundo semestre do ano uma desaceleração modesta do PIB, de 0,1% na margem, impulsionada pela contribuição negativa do PIB agrícola. Para o ano, o banco esperamos um crescimento de 2,5% do PIB em 2023.

Otimismo

O Bank of America (BofA), por sua vez, fez uma revisão bem otimista para o desempenho da economia brasileira.

No geral, a estimativa para o crescimento do PIB é de 0,8% no trimestre ante os primeiros três meses de 2023.

Redação CNPL sobre artigo de Roberto de Lira