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Se você ainda não conhece o cargo de Gestor de Inteligência Artificial, é hora de se familiarizar, pois ele chegou ao mercado brasileiro para ficar e está ganhando cada vez mais destaque nas empresas que buscam não apenas acompanhar, mas se antecipar à revolução digital.
Qual o principal desafio desse profissional?
Conectar a IA ao negócio, aplicando tecnologias que parecem futurísticas, mas que já são uma realidade.
Quando bem aplicada, a IA pode transformar a forma como as empresas interagem com seus clientes e gerem seus processos internos; e com a ajuda de um gestor de IA, a implementação eficaz e o uso estratégico dessa tecnologia está garantida.
Segundo pesquisa realizada pela McKinsey, atualmente, 72% das empresas ao redor do mundo adotam tecnologias de Inteligência Artificial (IA), um aumento em relação aos 55% registrados no ano anterior.
Além disso, 65% das organizações aumentaram seus orçamentos destinados à IA refletindo a importância dessa tecnologia no ambiente corporativo.
Para Mateus Miranda, CIO do Grupo IRRAH, grupo de tecnologia especializado em soluções para o setor varejista, com o avanço da inovação em todo o mundo nos últimos anos, o Gestor de Inteligência Artificial se torna a peça-chave para as empresas nessa nova realidade.
“Ele é o responsável por transformar as ferramentas de IA em soluções práticas, conectando tecnologia com o cliente de maneira que gerem resultados reais. E, claro, esse profissional também vai estar sempre de olho no que está acontecendo no mercado global para garantir que a empresa não fique para trás”, destaca.
Segundo ele, um Gestor de Inteligência Artificial domina ferramentas de IA e outras tecnologias como Machine Learning, IoT (Internet das Coisas), chatbots e assistentes virtuais, além de ter conhecimento de processamento de linguagem natural (NLP), visão computacional, automação de processos robóticos (RPA), ou seja, muitas soluções capazes de dar aquela mãozinha para profissionais de setores como o financeiro, de RH e atendimento ao cliente, o quais geralmente possuem muitas tarefas repetitivas.
“Mais do que gerenciar a tecnologia em si, ele atua como um facilitador, garantindo que as soluções de IA se integrem de maneira eficiente nas operações da empresa, mas sem perder o foco no valor humano. Ele será o responsável por coordenar a aplicação da IA em áreas-chave, como atendimento ao cliente, marketing e vendas, mas sempre com um olhar atento para não substituir a empatia, a visão estratégica e a capacidade de adaptação humana”, diz.
Ele ainda destaca que “sua função será otimizar a relação entre tecnologia e pessoas, com a IA apoiando as operações, mas deixando as decisões mais críticas, que envolvem o contexto humano e as nuances do mercado, nas mãos dos gestores”.
Origem
Essa profissão teve origem nos EUA, impulsionada pelo crescimento acelerado da IA em grandes corporações de tecnologia, como Google, Microsoft e Amazon.
A demanda por profissionais especializados surgiu à medida que essas empresas perceberam a necessidade de integrar inteligência artificial às estratégias de negócios, criando soluções mais eficientes e personalizadas. Hoje, estima-se que o mercado global de IA alcance um valor de $1,8 trilhão até 2030, com um crescimento anual médio de 37,3%, segundo dados da Bain & Company e Goldman Sachs.
Um relatório do Fórum Econômico Mundial indica que, até 2025, o mercado de trabalho global precisará de 97 milhões de novos empregos relacionados à IA.
“O aumento na automação, a necessidade de análise de dados em larga escala e a busca por eficiência operacional estimula essa demanda, e aqueles que investem em habilidades em Machine Learning e Ciência de Dados encontram um cenário promissor”, sublinha.
No Brasil, a demanda por profissionais de IA deve crescer 150% este ano, segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES), impulsionada pela crescente adoção de IA nas empresas, a necessidade de desenvolver novas tecnologias e aplicações de IA e pelo aumento da complexidade dos sistemas de IA.
Profissionais brasileiros na vanguarda
Apesar dos desafios, o Brasil se destaca na América Latina no campo da Inteligência Artificial: é o maior consumidor da tecnologia, de acordo com uma pesquisa da IDC, e ocupa a 12ª posição no ranking global de desenvolvimento de IA, conforme o relatório do Fórum Econômico Mundial.
Esses números mostram a importância da IA no mercado brasileiro e a necessidade de profissionais capacitados para atender às demandas desse setor em expansão.
Outro estudo, realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), revelou que, de janeiro a novembro de 2023, 12.156 estudantes buscaram cursos relacionados à IA representando um aumento de 246% em relação ao período anterior.
O SENAI destaca que o Brasil precisará qualificar 9,6 milhões de pessoas em ocupações industriais até 2025, com mais de 470 mil vagas no setor de tecnologia da informação, impulsionadas pela ascensão da IA.
E se a demanda está em alta, a remuneração também segue essa tendência. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford, profissionais com habilidades em Inteligência Artificial podem receber ofertas de salários até 40% mais altos do que aqueles que não dominam a tecnologia.
Redação CNPL com informações do Acorda Cidade
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