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A PricewaterhouseCoopers (PwC) começará a rastrear o local de trabalho de seus funcionários no Reino Unido, em uma tentativa de reduzir sua atual cultura de trabalho em casa.
A equipe do braço britânico da PwC, uma das “Quatro Grandes” empresas de contabilidade do mundo, foi informada esta semana pela gerência de que a nova política entraria em vigor em 1º de janeiro de 2025.
Um memorando enviado aos 26 mil funcionários da empresa no Reino Unido no dia 5/9 e dizia que a medida estava sendo tomada para formalizar a “abordagem da empresa para trabalharmos juntos pessoalmente”.
Os funcionários foram informados de que deveriam passar pelo menos três dias por semana — ou 60% de seu tempo — no escritório ou com clientes.
As diretrizes anteriores exigiam que eles estivessem entre dois e três dias por semana, mas o memorando sugere que isso não era universalmente respeitado.
Ele dizia: “nosso negócio prospera com relacionamentos sólidos — e esses relacionamentos são quase sempre mais facilmente construídos e mantidos face à face (…) Ao estarmos fisicamente juntos, podemos oferecer aos nossos clientes uma experiência diferenciada e criar o ambiente positivo de aprendizado e treinamento que é fundamental para o nosso sucesso”.
De acordo com a PwC, a mudança tem o objetivo de “ajustar a abordagem de trabalho híbrido da empresa e colocar “mais ênfase no trabalho presencial”.
“Todos nos beneficiamos do impacto positivo de uma abordagem híbrida, mas a orientação anterior de pelo menos dois a três dias por semana era passível de interpretação. Esta atualização visa esclarecer onde e como esperamos que todos trabalhem”, diz o memorando.
Embora muitos funcionários já estejam “passando mais tempo pessoalmente com seus clientes e equipes”, para outros, “pode ser necessário tempo para se adaptar aos novos padrões de trabalho”, disse a empresa aos funcionários.
“Com isso em mente, a partir de janeiro, começaremos a compartilhar mensalmente seus dados individuais de local de trabalho com você, assim como fazemos com outros dados, como horas cobradas. Isso ajudará a garantir que a nova política esteja sendo aplicada de forma justa e consistente em toda a nossa empresa”, acrescentou.
Em um comunicado à imprensa publicado on-line, Laura Hinton, sócia-gerente da PwC UK, afirmou que “o trabalho presencial é extremamente importante para uma empresa de pessoas como a nossa, e a nova política faz com que o equilíbrio de nossa semana de trabalho passe a ser ao lado de clientes e colegas”.
“Isso parece certo para a nossa empresa e para o nosso pessoal, dado o nosso foco em atendimento ao cliente, treinamento, aprendizado e desenvolvimento. Ao mesmo tempo, continuamos a oferecer flexibilidade por meio do trabalho híbrido”, acrescentou.
Quando perguntada pela reportagem sobre o que aconteceria se alguém não cumprisse totalmente a lei, uma porta-voz da PwC informou: “se os dados mensais mostrarem que alguém está violando a política de forma consistente, primeiro queremos entender os motivos”.
A pandemia de Covid-19 desencadeou uma revolução no local de trabalho que fez com que muitas empresas em todo o mundo adotassem uma abordagem híbrida, permitindo que os funcionários equilibrassem o trabalho no escritório com a vida doméstica.
No entanto, muitas empresas têm tomado medidas para incentivar a equipe a passar mais tempo no escritório.
No início deste ano, a IBM disse a seus gerentes sediados nos EUA que eles deveriam trabalhar no escritório pelo menos três dias por semana ou deixariam seus cargos.
Outras empresas que adotaram medidas semelhantes incluem a UPS, Amazon, Meta e até mesmo a Zoom, aquela mesmo que desempenhou um papel importante na revolução do trabalho em casa.
As evidências coletadas pelo CIPD, o órgão profissional do setor de recursos humanos do Reino Unido, sugerem que as empresas com um modelo de trabalho híbrido geralmente avaliam positivamente o desempenho dos funcionários que trabalham em casa, de acordo com Claire McCartney, gerente de políticas e práticas da organização.
“Faz sentido para os negócios que os funcionários ou as equipes estejam juntos em determinados dias específicos, em vez de os empregadores precisarem que todos estejam presentes porque não confiam que as pessoas tenham um desempenho eficaz remotamente”, disse ela.
“Os empregadores devem procurar encontrar um equilíbrio, em que a flexibilidade sobre onde e quando as pessoas trabalham atenda às necessidades dos funcionários, sem comprometer as necessidades da empresa”, acrescentou.
Redação CNPL com informações do Portal expresso.arq.br
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