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Há hotéis na cidade com 50% dos funcionários vindos do exterior (Foto: Luiz Carlos de Souza, NSC TV)
Entre 20% e 25% dos trabalhadores da rede hoteleira de Balneário Camboriú são estrangeiros neste começo de ano.
É o que mostra um levantamento feito pelo sindicato da categoria.
Os dados revelam ainda que outros 70% dos funcionários são de outros estados.
Moradores da região mesmo, são poucos, conta Osny Maciel Júnior, diretor do Sindisol e gerente do hotel Sibara.
No hotel que Osny comanda, por exemplo, há funcionários vindos da Argentina, Venezuela, República Dominicana, Portugal e Paraguai.
Mas tem outros estabelecimentos onde o percentual de estrangeiros que compõe o quadro de funcionários chega a 50%.
É a união do útil ao agradável. Os hotéis sofrem para conseguir preencher o quadro de contratações na temporada, quando a cidade lota de visitantes.
Com o dólar em patamares inéditos e a publicidade em cima de Balneário Camboriú, como agora com o hit musical “Descer pra BC”, a cidade é inundada de turistas vindos de diversos países.
Ter trabalhadores que dominam outro idioma é uma espécie de bônus na contratação.
“Aqui temos pessoas de vários países, que estão desde a recepção ao restaurante. Treinamos todos, independentemente de ser estrangeiro ou não, para oferecer uma boa experiência ao hóspede quando chega. Recebemos chilenos, peruanos, argentinos, uruguaios, paraguaios e aí a gente para de arranhar o “portunhol” e fala corretamente, os atende melhor”, pontua Osny.
O número de pessoas de outros estados também chama a atenção na rede hoteleira de Balneário Camboriú.
No Sibara, há colaboradores vindo do Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia.
Além, claro, de pessoas de outras cidades de Santa Catarina, mas que não são da Dubai brasileira.
A dificuldade para conseguir mão de obra neste setor não é uma novidade no município e frequentemente se vê mutirões para tentar preencher vagas.
No fim do ano passado, um feirão buscava por 150 trabalhadores para a rede hoteleira e de bares e restaurantes.
Mas qual a dificuldade de se contratar quem mora perto desses estabelecimentos?
O diretor do Sindisol elenca ao menos três questões: dificuldade com quantidade de linhas de horários de ônibus para facilitar a locomoção desses trabalhadores entre as cidades da região; o alto custo com moradia, até mesmo para quem vai pagar aluguel; e, por fim, a necessidade de cursos profissionalizantes.
Redação CNPL sobre artigo de Talita Catie
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