Generic selectors
Somente termos específicos
Buscar em títulos
Buscar em conteúdo
Post Type Selectors
Buscar em posts
Buscar em páginas

Governo cogitou mudar regras de validade de alimentos, mas pressão o fez  voltar atrás

Outras notícias

...

Não é só carro elétrico. A China acelera também nas máquinas agrícolas

Fabricantes de tratores e colheitadeiras no Brasil querem aumentar o imposto de importação cobrado sobre os concorrentes do gigante asiático…

Petrobras é cobrada sobre defasagem, e Lula deve encarar crise dos combustíveis depois de alimentos

Presidente da petroleira, Magda Chambriard, que se reuniu com Lula nesta segunda-feira, 27, tem encontro marcado com representantes dos sócios…

Emissão de NF-e aumenta a fiscalização de pequenos empreendedores

Receita Federal intensifica análise de dados e cobra coerência entre faturamento declarado, movimentações bancárias e registros de compras.  Foto: Freepik …

Poupança x Tesouro Selic: qual rende mais com R$ 1.000 em 1 mês?

Com a Selic em 12,25% ao ano, muitas pessoas se perguntam se a poupança ainda é uma opção viável ou…

Federação Nacional dos Nutricionistas traz alertas e informações

Sugerida ao Governo Federal pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), tinha como objetivo reduzir o desperdício e diminuir os custos para os consumidores, mas enfrentou forte resistência de entidades do setor produtivo.

O governo recuou da proposta de flexibilizar as regras de validade dos alimentos após uma onda de críticas por parte da opinião pública e de setores ligados à produção agropecuária.

A ideia, sugerida pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), tinha como objetivo reduzir o desperdício e diminuir os custos para os consumidores, mas enfrentou forte resistência de entidades do setor produtivo, especialistas em segurança alimentar e da sociedade em geral.

A proposta e a reação do setor produtivo a mudança na validade de alimentos A sugestão da Abras era substituir a atual obrigatoriedade da “data de validade” pelo conceito de “best before” (consumir preferencialmente antes de), já adotado em alguns países.

Esse modelo permite que produtos sejam vendidos mesmo após a data impressa na embalagem, desde que ainda sejam considerados seguros para consumo.

A proposta, segundo a Abras, poderia gerar uma economia de até R$ 3 bilhões ao reduzir desperdícios, mas recebeu duras críticas de quem entende que tal medida poderia comprometer a segurança alimentar da população e enfraquecer as normas vigentes que garantem a qualidade dos produtos brasileiros.

Ausência de Riscos

A presidente da Federação Nacional dos Nutricionistas – FNN, Fátima Fuhro, reforça que “a razão deste prazo de validade é um dos principais indicadores da segurança e da qualidade dos alimentos, que garantem que o produto não oferece nenhum risco, que o sabor será preservado, assim como o aroma, o frescor e a textura ideais, o que denominamos como características organolépticas do alimento” explica.

No Brasil, a legislação determina que após a data  de validade vencida – estampada nas embalagens – os alimentos sejam descartados imediatamente.

Esse prazo leva em consideração, principalmente, três fatores que são: a segurança, a composição e a performance.

A segurança vai nos indicar que até àquela data o alimento não estará contaminado por microrganismos patogênicos;

– Na composição, ela indica que não haverá alteração nos ingredientes essenciais que compõem aquele alimento;

 

– E na performance, existe a indicação que até àquela data, não haverá mudança sensorial, tais como cor e aspecto.

 

Porém existem países que não adotam o modelo brasileiro, que adotam o modelo de consumo imediato, ou consumo “logo após”.

 

A grande dúvida é sobre a possibilidade de consumir o alimento depois do vencimento do prazo? Essa é a dúvida do consumidor.

 

 

 

Dá para consumir ou não?

 

“Tecnicamente, apesar da lei, dá para consumir. O que se deve ter é informação confiável e o velho bom senso, que nunca sai de moda. Produtos secos como cereais, arroz, massas, por exemplo, continuam seguros mesmo após o vencimento, porém dentro de uma margem de segurança bem pequena. Não se pode consumir com mais de um mês além do vencimento”, reforça a presidente da FNN.

 

Ainda segundo Fátima, deve ser levado em consideração se são corretas as práticas de armazenamento.

 

No caso dos alimentos industrializados, que são aqueles que apresentam baixa umidade, como biscoitos, chocolate, no caso de vencimento podem perder a textura original, sem necessariamente causar risco à saúde.

 

O que se deve observar?

 

“Com muita atenção devemos observar a presença de insetos, os filamentos, ou a existência de mofos, que indicam o descarte imediato do alimento independente da data de validade. Já os alimentos conhecidos como úmidos, como as carnes, os enlatados, os laticínios, estes devem ter suas datas de validade respeitadas e com muito rigor, haja vista que a contaminação por eles causada é muito rápida”, diz.

 

Qual é o risco, então, de se consumir alimento com a data de validade vencida?

 

Os limites da segurança alimentar só valem para aqueles alimentos que foram armazenados adequadamente.

 

Laticínios que não forem refrigerados, com certeza, estragam em um curto espaço de tempo, independentemente de estarem dentro do prazo.

 

Pães que recebem umidade, eles podem apresentar um ambiente propenso ao surgimento de microorganismos, ainda que recentemente adquiridos.

 

Quanto às pessoas que acreditam que a remoção da parte mofada do alimento o torna apto para o consumo é um engano.

 

“A principal consequência de ingestão fora do prazo de validade reside na possibilidade de desenvolver intoxicação alimentar, conhecida como doença transmitida pelos alimentos -DTA”, ensina Fátima.

 

E ainda de acordo com a nutricionista, no caso de carnee, por exemplo, o  principal causador dos sintomas da carne estragada é a Escherichia coli, que causa dores, vômitos e diarreias.

 

No caso de leite o principal causador de sintomas de DAT é o Staphylococcus aures e nos ovos a salmonella.

 

Essas bactérias vão liberar as toxinas que irão causar mal-estar, principalmente na parede intestinal.

 

“Enfim, acho que respeitando e observando as condições técnicas, atenção, observação e bom senso, podemos tomar boas decisões na hora de se consumir qualquer tipo de alimento”, conclui Fátima Fuhro.

 

 

Redação CNPL com informações da Federação Nacional dos Nutricionistas