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A Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL) realizou, no dia 06 de abril, em Natal/RN, uma avaliação histórica dos movimentos sindicais, associada às manifestações sociais e o atual cenário de mobilização no Brasil. A palestra apresentada pelo assessor parlamentar da CNPL, André Santos, pautou a segunda temática do Curso de Formação Sindical “Fórum Sindicalismo, Política e Cidadania” da Região Nordeste.
De acordo com o palestrante André Santos, é importante contextualizar a evolução do movimento sindical construído no país para entender o novo cenário de mobilização, repercutido a partir das manifestações de 2013. “O sindicalismo, como organização de luta e representação dos trabalhadores, surge no início do século XIX na Inglaterra, com a revolta com o modo capitalista de produção, com a necessidade de solidariedade, união e associativismo para enfrentar a exploração patronal, reivindicar salário decente e melhores condições de trabalho. Nesse sentido, o movimento sindical passou pelas fases de resistência, de reivindicação, de transição e de direitos coletivos abrangendo o conjunto de direitos de sindicalização, de negociação e de greve”, esclareceu.
Segundo André Santos, a união estável de trabalhadores e trabalhadoras para a defesa de seus interesses e implementação da melhoria de condições de vida, vai muito além do conceito de sindicato e sim representa direitos sociais históricos. “Nesse sentido é fundamental a ação coletiva organizada em grupo para avançar nas mudanças sociais a partir das prerrogativas já previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”, afirmou.
André Santos explica que diante do atual cenário do país, as manifestações populares devem ser precedidas de organização que envolva o movimento sindical brasileiro e que busque combater a precarização nas relações de trabalho. Para ele, o país está saturado do uso indevido do dinheiro público, das denúncias de desvios, bem como da precariedade dos serviços públicos prestados como educação, saúde, transporte e segurança. “Nossa mobilização, enquanto cidadão, precisa ser voltada para valorização das instituições, ampliação do diálogo social e maior fiscalização dos atores sociais”, concluiu.
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