O segundo dia de trabalhos no Curso de Formação Sindical foi aberto pelo presidente da Confederação Nacional das Profissões Liberais – CNPL, Carlos Alberto Schmitt de Azevedo, que saudou os técnicos industriais pela passagem dos 35 anos de seu movimento sindical, data que, segundo ele, se configura em um marco divisor de águas para a categoria.
“A CNPL se sente extremamente honrada em participar dessa comemoração dos técnicos industriais, ainda mais podendo oferecer este Curso de Formação Sindical, produzido pelo nosso Comitê de Formação, que vem percorrendo todas as regiões do Brasil, em um movimento da Confederação em direção às suas bases, procurando conhecer e identificar os anseios e necessidades desse novo profissional liberal, ao mesmo tempo em que oferece capacitação, atualização e qualificação para esses profissionais, o que é a nossa missão primeira”, comemorou Azevedo.
Negociação coletiva
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Negociação coletiva foi tema da palestra de Maria Cristina Almeida, assessora Jurídica a CNPL[/caption]A advogada e Assessora Jurídica da CNPL, Maria Cristina Almeida, proferiu palestra também voltada para os aspectos financeiros das entidades sindicais em relação às principais fontes de custeio que envolvem aspectos da polêmica contribuição assistencial e da negociação coletiva, apresentadas dentro de uma perspectiva tanto histórica, quanto atual.
“Dentro da proposta do curso, vamos tratar de um tema bastante polêmico que é a negociação coletiva e que vem sendo exigido das entidades sindicais, através do posicionamento do Judiciário e do Ministério do Trabalho e Emprego. Na sequência será discutida a questão da contribuição assistencial, consequência direta da negociação coletiva, que igualmente vem sendo cobrada e fiscalizada pelo Ministério Público do Trabalho em função dos abusos cometidos por várias entidades sindicais e por tratar-se de uma cobrança que não é ainda legalizada”, concluiu Maria Cristina.
Conhecendo a estrutura sindical
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José Alberto Rossi, secretário-geral da CNPL[/caption]O secretário-geral da CNPL, José Alberto Rossi, discorreu sobre as estruturas que fundamentam as entidades sindicais brasileiras, suas complexidades, afinidades, conflitos, interesses comuns e divergências.
Em sua intervenção, Rossi procurou, em alguns pontos, como por exemplo, a origem do sindicalismo, as diferenças entre as entidades representativas de classe, apresentar uma visão atual do sindicalismo com alguns obstáculos que ele enfrenta, e mais adiante mostrar caminhos que possam ser seguidos de experiências anteriores e que representem soluções para os sindicatos.
Fortalecendo e qualificando a ação sindical
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Maria Terezinha Oscar Govinatski, vice-presidente da CNPL e coordendora do Comitê de Formação da entidade[/caption]A vice-presidente da CNPL e coordenadora do Comitê de Formação, Maria Terezinha Oscar Govinatski, responsável pela criação e aplicação do curso, apresentou uma palestra fundamental para os dirigentes sindicais presentes, ao tratar de gestão sindical, crescimento e fortalecimento das entidades, para que as mesmas reúnam condições ideais de bem representar seus filiados e as classes trabalhadoras de um modo geral.
Os temas referentes à gestão sindical, na palestra proferida pela vice-presidente da CNPL, foram lançados com um forte intuito de produzir reflexões de como certas gestões podem ser exitosas, principalmente através do conhecimento compartilhado entre a Confederação, Federações e Sindicatos da base
“Essa troca de experiências é fundamental tanto para a formação como para a atualização profissional do dirigente sindical. Em suma, reforçamos a necessidade de que as entidades invistam sempre na formação de um tripé básico, composto pelos fatores humano e econômico, além de uma boa divulgação do trabalho realizado”, disse Terezinha.
Ao fim de sua palestra, Maria Terezinha ressaltou a expressiva participação dos técnicos presentes ao longo de todas as palestras demonstrando o acerto de a CNPL compartilhar experiências do universo sindical com todas as suas categorias de base.
Conjuntura econômica e o movimento sindical
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Fernando Ferrari Filho, economista e professor titular da UFRGS[/caption]Coube ao economista e professor Fernando Ferrari Filho, tratar de um tem fundamental para as modernas relações de trabalho: de como o cenário econômico, seja nacional ou internacional reflete no dia a dia tanto das nações, quanto dos trabalhadores, enfatizando a importância de se obter um conhecimento mínimo que seja com o intuito de se aprimorar as decisões que afetem a criação de políticas públicas e sociais para as classes trabalhadoras.
“A síntese do que foi discutido no curso de formação está relacionado com a conjuntura econômica brasileira em um contexto de crise financeira internacional e de crise econômica mundial. O objetivo é tentar mostrar que a economia brasileira ao longo dos últimos anos vem enfrentando algumas adversidades em função de uma política econômica equivocadamente articulada e que ao mesmo tempo vem sendo atingida por adversidades em função do fato de o cenário internacional, a partir de 2007, com a crise financeira internacional, ter se tornado um cenário recessivo, retracionista e que dificulta a inserção da economia brasileira no cenário internacional, afetando assim toda a cadeia econômica e do trabalho”, disse Ferrari.
Assessoria de Imprensa / Comitê de Divulgação CNPL
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