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No último sábado, dia 20/10, em meio ao descanso do trabalhador, a General Motors enviou, para uma parcela significativa de funcionários, um telegrama comunicando a rescisão do contrato de trabalho.
De um jeito bem curto e direto, chamou aqueles que estão de licença para se apresentarem para serem demitidos.
Nem os sindicatos das três fábricas sabem qual o número de pessoas que irá perder o emprego.
Eles colocaram a boca no trombone e a imprensa publicou a matéria para tudo quanto é lado.
Mas, faltou uma perspectiva histórica.
Sua crise não é de hoje.
Se tem uma montadora que não se beneficiou com a crise dos semicondutores, essa é a Chevrolet.
Durante a pandemia, parou suas fábricas e perdeu a liderança de vendas, que pertencia ao Onix, pois os preciosos chips iam pra outros países que davam mais dinheiro.
E olha que os problemas já eram anteriores pois, em 2019, havia pedido penico para o governo de São Paulo.
Pediu e levou.
Agora, um mês atrás, sugeriu um Plano de Demissões Voluntárias que foi rejeitado pelos sindicatos, pois o valor era muito baixo, segundo eles.
Sem opção, mandou os telegramas.
E com isso busca forçar a volta das negociações.
Essa é a dança das cadeiras das conversas entre montadoras e sindicatos.
Nada que não tenha acontecido antes.
Se, por um lado, ter uma fábrica em SP é um ponto positivo, pois está perto do principal mercado consumidor, por outro, traz a dificuldade de ter que lidar com sindicatos mais fortes e organizados.
Toda essa movimentação acaba afetando negativamente a imagem de marca da americana.
Mas, se for o necessário para salvá-la de fechar as portas, é o remédio amargo e necessário.
Só que, enquanto isso, as chinesas vão chegando e abrindo suas fábricas…
Redação CNPL sobre artigo de Murilo Moreno / Linkedin
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