CSI em campanha mundial pelo trabalho decente e a dignidade no esporte

A CSI – Confederação Sindical Internacional, representando trabalhadores livres de todo o mundo, vem mantendo contatos com a FIFA e o COI – Comitê Olímpico Internacional, para que envidem todos os esforços no sentido de garantir o respeito pelos direitos dos trabalhadores envolvidos nos eventos de alcance global organizados por essas duas entidades.
 
A situação mais preocupante diz respeito ao Qatar, que sediará a Copa do Mundo de 2022, onde relatos de maus tratos e péssimas condições de trabalho, análogas à escravidão, assolam os trabalhadores, tendo sido inclusive responsável por um elevado número de mortes entre os operários, que já ultrapassa a casa do milhar.
 
“Em meio aos profundos problemas administrativos e éticos enfrentados pela FIFA, a CSI entende que da reforma necessária na entidade devem emergir, de imediato, garantia aos direitos humanos e trabalhistas desses trabalhadores envolvidos no processo de realização da copa de 2022, no Qatar!”, cobra Sharan Burrow, secretária-geral da CSI.

 
Na visão da dirigente, uma forma de se acabar com essa espécie de escravidão contemporânea, principalmente nas relações de trabalho envolvendo os grandes eventos esportivos mundiais, consiste em se fazer pressão direta sobre os grandes patrocinadores de entidades como a FIFA, tais como Coca Cola, Visa, Adidas e McDonalds, para que retirem seu apoio direto, forçando uma retomada de posição em prol do direito dos trabalhadores.
 
Além da questão do trabalho, em si, a CSI vem participando de esforços para conclamar as suas entidades sindicais filiadas para que juntas pressionem as Confederações de Futebol de seus países, que fazem parte da a FIFA,  para que participem efetivamente de um processo de mudança e saneamento das práticas da entidade, eliminando de uma vez por todas com todos os focos de corrupção.
 
“A comunidade internacional, juntamente com o mundo futebol devem agir para evitar que o mal da corrupção contamine de forma irreversível esse grande patrimônio da humanidade que é a prática limpa e salutar de esportes”, afirmou Sharan Burrow.
 
Fonte: Assessoria de Imprensa CSI