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CSA discute comunicação sindical e democratização da mídia durante oficina em SP

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O secretário-geral da Confederação Sindical das Américas – CSA, Victor Baez, abriu na manhã dessa quinta-feira, 17/9, na sede da entidade, em São Paulo, os trabalhos da “Oficina regional sobre técnicas de comunicação sindical”, com o propósito de contribuir e fortalecer as capacidades do movimento sindical americano em termos de acesso e utilização de meios de comunicação como ferramenta estratégica de atuação política e promoção de direitos. Estiveram presentes na abertura do evento sindicalistas e especialistas em comunicação sindical do Brasil, Argentina, Chile, Equador, Costa Rica, Uruguai, Paraguai, Colômbia e Venezuela “O debate sobre a utilização de técnicas de comunicação sindical e alternativa destaca a luta permanente pela liberdade de expressão, pela liberdade do direito de opinião e contra a opressão e hegemonia dos grandes conglomerados de comunicação”, disse Baez. Ainda segundo o dirigente, o movimento sindical deve se apossar dessas técnicas para melhor divulgar ações em defesa da justiça social, das melhorias de trabalho, de renda e principalmente para difundir a preocupação pela implantação da sustentabilidade em todos os setores da atividade humana.

“Devemos entregar às gerações futuras um mundo melhor e ambientalmente sustentável, afinal não sabemos quanto tempo nos resta neste planeta”, afirmou Baez. Transformação Para o dirigente da CSA, o movimento sindical tem de ser um elemento transformador e isso se dará através da revolução nas formas de comunicação e na adoção de políticas sustentáveis. “Temos de aumentar as fieiras de trabalhadores sindicalizados e esse é o grande papel a ser desempenhado pela comunicação sindical. Essa mensagem deve ser repassada a todas as organizações de trabalhadores das Américas, no sentido de que façam uso das ferramentas disponíveis, principalmente os novos recursos tecnológicos, para definir e difundir que a prática da comunicação sindical representa um elemento estratégico fundamental na luta dos trabalhadores”. Rosane Bertotti, secretária de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores – CUT (Brasil) ressaltou a evolução da estratégia de comunicação da CSA em reforçar p0ntos básicos para a luta dos trabalhadores. “Privilegiar o tripé composto por articulação política, trabalho decente e o direito a comunicação  é um ponto extremamente positivo. No que diz respeito ao direito a comunicação, entendemos ser maior e mais importante que o direito de expressão, pois almejamos a produção e distribuição de nossa própria informação, com todas as garantias possíveis oferecidas pelo estado. Segundo Rosane Bertotti, para se atingir o equilíbrio de forças possível para a quebra da hegemonia noi campo das comunicações, é necessário atuar em algumas frentes: “na luta política no espaço da comunicação, na vanguarda do movimento sindical articulado com o campo social e das forças amigas no universo da comunicação. Precisamos construir uma grande rede formada por parceiros que nos possibilitem não só a produção de notícias como a formação de um público consumidor de suas notícias”, disse. Presente ao evento, Valter Sanchez presidente da Televisão dos Trabalhadores – TVT CUT, discorreu sobre a concentração de empresas de comunicações entregues a poucas famílias, com forte viés patronal e empresarial, bastante distante do universo laboral. “A visão da realidade oferecida por essa mídia está calcada no apreço desmedido pelas relações de consumo, estimulando a divulgação dos valores norte-americanos e europeus em detrimento dos valores nacionais, se tornando um exemplo claro de dominação cultural. O Brasil não avançou como outros países como foi o caso da Argentina e do Uruguai, na questão da democratizarão e regulamentação da mídia”, afirmou Sanchez. Cláudia Santiago, jornalista e diretora do Núcleo Piratininga de Comunicação – NPC, destacou a importância essa troca de ideias para que se possa conhecer as idiossincrasias que envolvem as questões relativas a comunicação no ambiente das Américas. “No Brasil, a comunicação sindical é bastante forte. Ela pode ser uma comunicação alternativa, mas não é alternativa, pois depende da prática sindical. Não existe sozinha. O caminho é feito pela concepção e prática dos sindicatos. Se a comunicação for voltada para as transformações para as melhorias e conquistas, será possível atingir essas mudanças. A comunicação social deve abraçar a pauta, os desejos e a linguagem dos trabalhadores, até como forma de minimizar a falta de recursos. Criar essa  identificação pavimenta o trabalho de uma boa comunicação, os sindicatos devem se esforçar em buscar e criar, sempre, novos meios de comunicação”, ensinou Cláudia. Segundo a jornalista, a receita de uma comunicação sindical exitosa passa pela integração e perfeita interaçãl entre AC direção do sindicato, seus braços executivos, como comissões e comitês que fazem a ponte entre a base é a cúpula e os profissionais da comunicação, no caso os jornalistas”, explicou. Finalizando, Cláudia Santiago reputou como fundamental o investimento dos sindicatos, em todas as ponta do processo de comunicação, como forma de poderem dar o seu recado. “No Brasil, hoje em dia, é praticamente impossível o diálogo entre o movimento sindical e a imprensa de um modo geral”, definiu a jornalista. Osvaldo León, da Agência Latinoamericana de Información. –IALI, veterano das batalhas de comunicação sindical nas Américas, participou do evento debatendo sobre a produção e difusão da comunicação alternativa. Leon citou a necessidade de criação de uma agenda de comunicação  comum como forma de combate a fragmentação da comunicação, com enfoque especial no problema de mudança de gerações. “Entendemos que uma comunicação eficaz se faz também proporcionando uma mudança de comando e pensamento no movimento sindical, trazendo para junta da gente as gerações mais jovens, mais acostumadas com as novas plataformas e com as novas linguagens. Existem espaços abertos para ocupar com comunicação dos trabalhadores, mas creio faltar expertise e capacidade de produzir conteúdo em boa quantidade”, disse Leon. A oficina de comunicação prossegue no dia 18, com destaque para o intercâmbio de práticas de comunicação sindical, como a criação e uso de blogs e redes social, produção de spots para rádio, lançamento dos documentários  “Campanha Continental Liberdade Sindical, Negociação Coletiva e Autorreforma Sindical. Finalizando, o representante da OITA/ACTRAV, Mamadu Kaba Souare, debaterá Estratégias de Comunicação. Assessoria de Imprensa CNPL / Comitê de Divulgação

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