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Muitas pessoas planejam comprar um imóvel, mas enfrentam muitos desafios diante dos valores elevados.
Por isso, quase metade dos brasileiros pretende gastar até R$ 350 mil na aquisição – valor abaixo do esperado para os vendedores que, em sua maioria, desejam receber entre R$ 351 mil e R$ 800 mil.
Este cenário foi apontado por um levantamento feito pela Loft, startup que atua no mercado imobiliário, em parceria com a Offerwise, em outubro de 2024.
A pesquisa foi realizada com residentes de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Com uma amostra de 1.200 entrevistas, a pesquisa é representativa para a população dessas cidades, com margem de erro de cinco pontos percentuais e intervalo de confiança de 90%.
Apesar da cautela dos consumidores, muitas empresas estão dispostas a fazer certas concessões.
Segundo a pesquisa, 62% dos vendedores responderam que estariam dispostos a oferecer descontos, sendo que 40% deles renunciariam a até R$ 50 mil do valor total do imóvel.
Para Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, a diferença de expectativas entre os compradores e vendedores pode prolongar a negociação e trazer empecilhos para as vendas.
“Ainda que haja boa vontade para fechar um acordo imobiliário, essa disparidade entre o que se espera receber e o que se espera pagar pode levar a um tempo maior de negociação entre as partes, tornando o processo mais demorado”, explica.
E acrescenta: “o ideal é que houvesse mais informações claras no mercado imobiliário brasileiro, a fim de que as expectativas, tanto do cliente quanto do vendedor, estejam alinhadas com a realidade. Essa é uma das intenções que tivemos ao fazer essa pesquisa”.
Quais são as cidades mais caras para comprar imóveis?
Uma pesquisa recente do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) aponta que o preço médio das vendas nas cidades contempladas é de R$ 605 mil, que se encaixa na faixa de valor considerada atraente para a maioria dos vendedores e bem acima do que muitos dos compradores estão dispostos a investir.
São Paulo e Rio de Janeiro são as que apresentam os preços médios mais altos.
As vendas na capital paulista giram em torno de R$ 681 mil, enquanto na ‘cidade maravilhosa’ o valor médio é de R$ 639 mil.
Por outro lado, as cidades de Porto Alegre e Belo Horizonte contam com o tíquete médio mais baixo (R$ 562 mil e R$ 537 mil, respectivamente).
Segundo a pesquisa, a maioria dos entrevistados pretende adquirir um imóvel por meio de financiamento bancário, especialmente com apoio de programas governamentais, como o Minha Casa, Minha Vida.
Quem são os compradores?
O perfil predominante dos compradores interessados em imóveis de até R$ 350 mil é composto por jovens das gerações Millennial e Z, com idades entre 25 e 34 anos, pertencentes às classes sociais B, C e D/E.
Já entre os clientes da classe A, o orçamento costuma variar entre R$ 801 mil e R$ 2 milhões.
]Nessa faixa, os compradores, em sua maioria entre 45 e 54 anos, preferem realizar o pagamento utilizando recursos próprios.
Redação CNPL com informações do Portal expresso.arq.br
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