Gestão: 2021/2024
Período: 15/01/2021 a 31/12/2024
Dentre todos os presidentes da Confederação Nacional das Profissões Liberais, Divanzir Chiminacio foi, com certeza, o que assumiu o cargo em condições mais dolorosas, face ao falecimento de Moisés Antônio Bortolotto – de quem era vice na chapa -, no auge da crise sanitária, provocada pela Covid 19.
Feita essa necessária introdução, passemos a apresentação do atual presidente, hoje com 68 anos, natural de Curitiba (PR) e Contabilista em atividade e que hoje preside a CNPL durante a gestão 2021 a 2024.
Mas, sua atuação no movimento sindical vem de muito antes.
No início da década de 1980 foi convidado pelo então presidente do Sindicato dos Contabilistas do Paraná para participar da entidade como delegado.
Atuou, também, como conselheiro, durante oito anos, tendo sido por dois anos vice-presidente no Conselho Regional de Contabilidade do Paraná, voltando logo a seguir ao seu sindicato de origem, tendo sido presidente por três anos, até assumir a presidência Federação dos Contabilistas do Estado do Paraná – FECOPAR -, entre os anos 2008 a 2019.
Em 2013, começou sua história junto à CNPL, como membro da diretoria.
“Assumi a presidência da CNPL em 2021, sem nenhum patrimônio e com o caixa bastante comprometido, muitas dívidas assumidas em gestões anteriores. O desafio, o primeiro e principal era exercer a atividade sindical com cada vez menos condição financeira e, ao mesmo tempo não fechar as portas da entidade”, lembra Divanzir.
As soluções encontradas pela diretoria para atravessar este momento extremo foram a de cortar na própria carne, reduzindo os custos ao máximo e sair em busca de receitas alternativas como fontes de autofinanciamento.
“Então, passamos a oferecer aos associados, serviços como certificação digital, convênio com empresas de saúde, de seguradoras e participação em acordos coletivos, que consideramos de extrema importância. Nesses casos, as parcerias conquistadas se mostraram ferramenta muito valiosas para a nossa autossustentabilidade”, acrescenta.
Segundo Divanzir, ao longo desses dois primeiros anos de mandato, o cenário tenebroso evoluiu, permitindo uma atuação segura, dentro dos limites orçamentários impostos pela situação financeira.
“Hoje, já estamos próximos de conseguir o ponto de equilíbrio”, atesta o presidente.
Mas, além da crise financeira, outra crise assombrava não só a CNPL, bem como todo o País e o mundo: a pandemia que, neste momento, atingia o auge (como foi dito acima) e impactava as relações de trabalho, consumo, de mobilidade, dentre outras restrições.
“Em relação à pandemia, ficou claro que as mudanças foram bruscas e repentinas. Como exemplo, cito o fato de morar no Paraná e, à época, ter de me deslocar para Brasília com regularidade e me sentir em meio a uma cidade fantasma, sem nenhum restaurante aberto, tendo de pedir comida no hotel e comer no quarto. Era tudo muito difícil, aqueles cuidados todos, o medo, a angústia. Perdemos muitos familiares e amigos queridos e àqueles que sobreviveram devem se considerar privilegiados”, recorda.
Vale lembrar, também, que em meio a tudo que acontecia, havia ainda uma pré-disputa eleitoral, extremamente polarizada e virulenta, que abalava os alicerces sociais, políticos e econômicos do País e que projetava um futuro bastante complexo para o Brasil, tanto internamente, quanto globalmente.
“Em relação ao cenário eleitoral existente, principalmente nos anos 2021/2022, a CNPL, como uma entidade do terceiro setor, não manteve envolvimento direto com nenhuma das partes no processo eleitoral. Todo o trabalho e engajamento da entidade foram direcionados a favor dos profissionais liberais, dispensando as ações partidárias”, contextualiza Divanzir
“O meu legado ainda está por vir. Espero, de coração, que ao deixar a presidência, em 2024, entregue a CNPL em condições bem mais favoráveis de como a encontrei quando aqui cheguei em 2021”.
Segundo o presidente, esse trabalho de crescimento e reconsolidação passa, principalmente, por trazer de volta sob o guarda-chuva da CNPL, federações de profissionais liberais que se desgarraram nesse processo turbulento, incluindo no pacote o fim da contribuição sindical obrigatória.
“Quero deixar claro que sou contra a qualquer imposição de obrigatoriedade de pagamento, uma vez que você não agrega obrigando ninguém. Quem vem, se aproxima, é porque você o atrai com algo que possa oferecer em troca. Definitivamente, temos de repensar e reinventar o movimento sindical brasileiro. São todos bem-vindos”, conclui Divanzir.
Texto, pesquisa e reportagem Assessoria de Imprensa CNPL
P.S: ao longo deste ano publicaremos novas matérias sobre a história e as ações da CNPL.