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Carlos Falkemberg
Gestões: 1981/1984 | 1984/1987
Em 1953, em uma modesta sala, cedida pelo Sindicato dos Contabilistas do Rio de Janeiro, teve início a jornada da Confederação Nacional das Profissões Librais
Ali, ocorreu a Assembleia Constituinte, cujo registro desse encontro histórico e inovador para o movimento sindical brasileiro, consta do “Livro de Atas” da CNPL – em 100 folhas de papel almaço – com apontamentos feitos à mão.
Foi no dia 11 de fevereiro de 1953, há 70 anos, que representantes de Federações de diversas categorias e estados se reuniram presencialmente, às 21 h, na rua Buenos Aires nº 283 (RJ), e elegeram, por unanimidade, a primeira diretoria da CNPL, presidida por Ferdinand Marius Esbérard.
O registro oficial dessa jornada pode ser encontrado nas inúmeras atas reproduzidas, em notícias de jornais e extratos do Diário Oficial da União, à época.
Mas, para além dos registros dos frios documentos oficiais, fomos resgatar as lembranças pessoais e afetivas daqueles que participaram do desenvolvimento da CNPL ao longo destas décadas, e que retratam com fidelidade e paixão o clima e as aspirações dos seus dirigentes com o crescimento e a consolidação da entidade.
Ao todo, a CNPL teve, ao longo de sua história, 13 presidentes, todavia, infelizmente, não nos foi possível acessa a todos, pois alguns já faleceram, outros seguiram caminhos que desconhecemos, o que cria uma limitação natural por um maior desvendar da nissa própria trajetória.
Dito isso, nas próximas edições, conheceremos os relatos de alguns de seus ex-presidentes sobre os primórdios e também sobre os tempos presentes da CNPL.
Recordar é Viver
A viagem pela História da CNPL começa com Carlos Falkenberg, hoje com 86 anos, natural de Porto Alegre, contador aposentado, e que presidiu a entidade nas gestões de 1981/1984 e 1984/1987.
Até chegar à presidência das da entidade representativa máxima das profissões liberais, Falkenberg começou sua atuação no movimento sindical em meados das décadas de 1950/1960, no século passado.
“Devia ter entre 23, 24 anos, quando comecei a me interessar pelas atividades promovidas pelo Sindicato dos Contabilistas, em Porto Alegre. Esse interesse gerou um convite para participar da diretoria da entidade, na condição de suplente, onde, após uma intensa atividade, fui eleito como presidente da entidade”, destaca Falkenberg.
O próximo degrau conquistado foi a presidência da Federação dos Contabilistas do Rio Grande do Sul, através da qual teve seus primeiros contatos com a CNPL, através de reuniões em que participava como representante da Federação junto a Confederação.
Caminho Natural
Novamente, sua forte atuação e preocupação com a causa sindical chamaram a atenção dos demais membros da diretoria da CNPL que o alçaram à presidência da entidade, onde se destacou por sua preocupação em estabelecer um perfil de atuação mais voltada ao aspecto de representação laboral da entidade.
“Uma das coisas, talvez tenha sido até a primeira em que me empenhei muito, como presidente da CNPL, foi fazer com que a Confederação fosse reconhecida como uma área sindical representativa de empregados. Eu achava que entre os profissionais liberais havia mais empregados do que empregadores”, relembra.
Como exemplo de linha de atuação, Falkenberg cita que, todos os anos, a CNPL era convidada a participar do Congresso da Organização Internacional do Trabalho – OIT –, em Genebra, na Suíça, fórum máximo, em escala global, das discussões e resoluções das mais importantes questões relativas ao trabalho.
“Nessas ocasiões, a entidade era considerada como representante dos empregadores. Com esse novo entendimento, trazido pela CNPL, conseguimos que a mesma fosse reconhecida como representante dos profissionais liberais como área sindical de empregados. A partir de então, a CNPL começou a participar dos Congressos da OIT representando, principalmente, os profissionais liberais com vínculo empregatício” . Isso foi no meu primeiro mandato e creio que tenha sido o principal legado dessas gestões aos profissionais liberais de todo o Brasil, relembra com orgulho.
“Acredito que deixei essa possibilidade de os profissionais universitários (ou liberais), que exerciam a profissão como empregados, de reivindicar os direitos que mais lhes interessavam, para além do aumento de salário”, conclui Falkenberg.
Texto, reportagem e pesquisa, Assessoria de Imprensa CNPL
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