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China suspende importação de carne bovina de três empresas brasileiras

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  • 6 de março de 2025

Mapa foi notificado e apura os apontamentos do governo chinês; suspensão não tem relação com investigação de salvaguarda, garante representante da Abiec

 Foto: Adobe Stock

A China suspendeu temporariamente, na segunda-feira, 3/3, as importações de carne bovina de três frigoríficos brasileiros, de acordo com a Administração Geral de Aduanas da China (GACC).

A ação ocorre cerca de dois meses após Pequim abrir processo para fins de aplicação de medidas de salvaguarda sobre suas compras da proteína.

A lista dos frigoríficos brasileiros suspensos abrange uma unidade da JBS em Mozarlândia (GO), uma da Frisa em Nanuque (MG) e uma da Bon-Mart em Presidente Prudente (SP).

A JBS informou que o assunto está sendo tratado por meio da Associação Brasileira de Proteína Animal (Abiec).

A Bon-Mart Frigorífico, por meio de seus advogados, disse que ainda não foi notificada formalmente.

O Agro Estadão também entrou em contato com a Frisa, mas não recebeu retorno até a publicação da reportagem.

Fontes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informaram ao Agro Estadão que a pasta já foi notificada.

Neste momento, o governo brasileiro realiza o processo de tradução do documento para saber quais são os apontamentos do governo chinês em relação às suspensões.

“Isso já aconteceu algumas vezes, esse tipo de suspensão. A gente precisa primeiro avaliar o que foi colocado pelos chineses. A depender do que foi relatado, vamos falar com as empresas. O procedimento normal, nesses casos, é fazer um plano de ação para mostrar as garantias do sistema e buscar restabelecer o mais rápido possível”, afirmou uma fonte a par da situação no governo brasileiro.

A avaliação inicial do Mapa é de que ainda é “prematuro” definir uma data para retorno das exportações por parte dessas unidades suspensas.

Em nota, Abiec informou que, após auditorias remotas nos estabelecimentos exportadores, a GACC identificou não conformidades em relação aos requisitos chineses.

Então, seguindo a regulamentação, o GACC determinou a suspensão temporária das importações desses estabelecimentos a partir de 3 de março de 2025.

“As empresas envolvidas já foram notificadas e estão adotando medidas corretivas para atender às exigências da autoridade sanitária chinesa”, afirmou o comunicado.

A Abiec reiterou ainda que, em parceria com o Mapa, segue em diálogo com as autoridades competentes para garantir a rápida resolução da questão.

“Importante destacar que os demais estabelecimentos habilitados seguem operando normalmente, assegurando o fluxo das exportações de carne bovina brasileira ao mercado chinês”, pontua a entidade.

A China é o principal comprador da carne bovina do Brasil. Segundo dados da Abiec, no último ano, o país comprou 46% da carne in natura exportada, com 1,33 milhão de toneladas importadas, gerando um faturamento de US$ 6 bilhões.

Além do Brasil, a suspensão também atinge duas empresas na Argentina, uma no Uruguai e outra na Mongólia.

Suspensão não tem relação com investigação de salvaguarda

As suspensões anunciadas nesta segunda pelo governo chinês não têm relação com a investigação de medidas de salvaguarda sobre a carne bovina importada.

Segundo o representante da Abiec responsável pela defesa da entidade no processo, Welber Barral, “esta é uma medida de conformidade da aduana”. Isto quer dizer que não está no âmbito da investigação.

No ano passado, a China notificou que faria a investigação depois de observar um aumento significativo da importação de carne bovina.

O pedido para abrir o processo foi feito pelas empresas e produtores de proteína chineses.

A alegação deles é de que houve um surto imprevisto de importação do produto.

Entre os parâmetros de comércio internacional, as medidas de salvaguarda são uma forma de defesa comercial que o país pode adotar.

É uma proteção temporária prevista pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Na prática, os chineses podem sobretaxar a carne bovina ou mesmo impor cotas de importação do produto.

No entanto, é feita uma averiguação por parte do governo chinês para atestar a veracidade dos argumentos apresentados pelas empresas e também o impacto das medidas restritivas.

O processo ainda está em andamento e pode demorar até um ano para ser concluído.   

Redação CNPL com informações do Broadcast Agro