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Ceará: caos na saúde reflete incompetência dos gestores públicos

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A Federação Médica Brasileira (FMB), vem a público demonstrar repúdio à forma como o governo do Estado do Ceará tem tratado os profissionais e o sistema público de saúde. De acordo com denúncias realizadas pelo Sindicato dos Médicos do Ceará ao Ministério Público e com ampla divulgação pela imprensa, além da falta de profissionais, equipamentos, insumos e medicamentos estão constantemente em falta, o que acarreta graves prejuízos na assistência à saúde da população e afeta sobremaneira, a condição emocional dos médicos que atuam na rede.

Cancelamento de cirurgias, incluindo as cardíacas, por falta de materiais, falta de papel toalha para a higiene, falta de medicamentos (para tratamento de doença hipertensiva na gravidez, quimioterápicos, antibióticos, entre outros), redução do número de profissionais das equipes médicas devido ao atraso de pagamentos, não cumprimento de termo de ajuste de conduta para tratamento extra-hospital de pacientes portadores de transtornos mentais, fechamento de regulação de pacientes neonatais e da regulação obstétrica para partos e consequente redução de atendimento materno-fetal à população, despontam como os principais problemas da saúde cearense.

O desrespeito à garantia constitucional de acesso à saúde é flagrante também nas estruturas e condições de higiene das unidades de saúde, onde não raro são encontrados insetos e fungos nas salas cirúrgicas, espaços que têm riscos de vida suficientes em circunstâncias normais de trabalho.

A Federação Médica Brasileira está alinhada ao Sindicato dos Médicos do Ceará na cobrança de posturas dignas dos gestores públicos.

13 de dezembro de 2017.
Federação Médica Brasileira – FMB