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Em meio à tensão econômica crescente na América do Sul, uma surpreendente reviravolta no comércio internacional tem dado o que falar.
Enquanto um dos países aposta no liberalismo para tentar atrair investimentos e fortalecer sua economia, o outro segue em um caminho de controle rigoroso, com foco em proteger o mercado interno.
O resultado desse contraste?
Duas economias com destinos distintos e um futuro incerto. Mas, afinal, quem está no caminho certo? Descubra agora!
A recente medida tomada pela Argentina pode ser um divisor de águas para o comércio internacional da América do Sul.
O país anunciou o fim dos impostos sobre compras feitas no exterior, uma decisão ousada que promete transformar sua economia.
De acordo com o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, a medida faz parte de um plano mais amplo do presidente Javier Milei, que visa atrair investimentos estrangeiros e reverter anos de crise e inflação galopante.
A nova regra entra em vigor em dezembro de 2024, sinalizando uma clara tentativa de retomar a confiança global.
Ao contrário da Argentina, o Brasil segue uma estratégia completamente oposta, endurecendo suas regras para aquisições internacionais.
Segundo o Ministério da Fazenda, as novas normas visam combater a evasão fiscal e proteger o mercado interno.
Essa mudança inclui maior fiscalização e uma tributação mais pesada sobre produtos importados, que tem afetado tanto empresas quanto consumidores que dependem de plataformas de e-commerce estrangeiras.
A Receita Federal informou que, no último trimestre de 2024, as fiscalizações aumentaram em 45%, com impostos chegando até 60% sobre o valor dos produtos.
A medida gerou controvérsias, já que muitos especialistas acreditam que ela pode impactar negativamente o poder de compra dos brasileiros.
A Crise Econômica Argentina e a Esperança de Recuperação
A Argentina atravessa uma crise econômica profunda, marcada por uma inflação galopante e um histórico de descontrole fiscal.
No entanto, as últimas decisões indicam que há uma luz no fim do túnel.
Conforme a agência Fitch Ratings, a eliminação dos impostos de importação ocorre justamente quando o país começa a mostrar sinais de recuperação.
A agência elevou a classificação de risco da Argentina para “CCC”, uma leve melhora que traz alguma confiança em relação à capacidade de pagamento das dívidas do país.
Ao mesmo tempo, o governo de Javier Milei mantém uma política de austeridade fiscal, que inclui um superávit fiscal consecutivo desde outubro e uma previsão de crescimento de 3,9% para 2025, após uma queda de 3,6% em 2024.
Essa política de “déficit zero” tem sido a tônica do governo, com o ministro da Economia, Luis Caputo, liderando ações rigorosas para reorganizar as finanças públicas.
Embora o país ainda enfrente um cenário de recessão, as expectativas de recuperação são moderadamente positivas, caso o governo continue a seguir sua linha de reformas fiscais.
O Caminho do Brasil: ‘proteção ao Mercado Interno
No Brasil, a estratégia segue em uma direção completamente diferente.
O governo brasileiro tem se concentrado em “proteger o mercado interno”, com um endurecimento nas normas de compras internacionais.
A oposição ao governo entende esse aumento de taxas como sanha arrecadatória, disfarçada de “protecionismo”.
De acordo com especialistas, a intenção é aumentar a fiscalização para combater a evasão fiscal e evitar o que eles consideram ser um impacto negativo para a indústria nacional.
Contudo, muitos temem que essas mudanças resultem em um aumento nos preços de produtos importados, o que reduziria ainda mais o poder de compra da população brasileira.
A redução de acesso a produtos estrangeiros pode afetar tanto consumidores quanto empresas que dependem de importações para operar.
Enquanto o Brasil endurece suas políticas fiscais e de importação, o governo de Milei na Argentina busca uma estratégia ousada, que aposta na liberalização econômica para atrair dólares e reverter o quadro de recessão.
O resultado dessa estratégia ainda é incerto, mas as apostas estão lançadas: será que o Brasil conseguirá manter sua estabilidade econômica, ou as medidas protecionistas podem aumentar ainda mais a crise interna?
Redação CNPL sobre artigo de Alisson Ficher
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