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Argentina elimina impostos sobre compras internacionais ao passo que Brasil endurece regras: dois caminhos opostos na economia do Mercosul

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  • 26 de dezembro de 2024

A disputa econômica entre Brasil e Argentina gera polêmica: um elimina impostos sobre compras internacionais e o outro endurece regras. Quem está certo?

Em meio à tensão econômica crescente na América do Sul, uma surpreendente reviravolta no comércio internacional tem dado o que falar.

Enquanto um dos países aposta no liberalismo para tentar atrair investimentos e fortalecer sua economia, o outro segue em um caminho de controle rigoroso, com foco em proteger o mercado interno.

O resultado desse contraste?

Duas economias com destinos distintos e um futuro incerto. Mas, afinal, quem está no caminho certo? Descubra agora!

A recente medida tomada pela Argentina pode ser um divisor de águas para o comércio internacional da América do Sul.

O país anunciou o fim dos impostos sobre compras feitas no exterior, uma decisão ousada que promete transformar sua economia.

De acordo com o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, a medida faz parte de um plano mais amplo do presidente Javier Milei, que visa atrair investimentos estrangeiros e reverter anos de crise e inflação galopante.

A nova regra entra em vigor em dezembro de 2024, sinalizando uma clara tentativa de retomar a confiança global.

Ao contrário da Argentina, o Brasil segue uma estratégia completamente oposta, endurecendo suas regras para aquisições internacionais.

Segundo o Ministério da Fazenda, as novas normas visam combater a evasão fiscal e proteger o mercado interno.

Essa mudança inclui maior fiscalização e uma tributação mais pesada sobre produtos importados, que tem afetado tanto empresas quanto consumidores que dependem de plataformas de e-commerce estrangeiras.

A Receita Federal informou que, no último trimestre de 2024, as fiscalizações aumentaram em 45%, com impostos chegando até 60% sobre o valor dos produtos.

A medida gerou controvérsias, já que muitos especialistas acreditam que ela pode impactar negativamente o poder de compra dos brasileiros.

A Crise Econômica Argentina e a Esperança de Recuperação

A Argentina atravessa uma crise econômica profunda, marcada por uma inflação galopante e um histórico de descontrole fiscal.

No entanto, as últimas decisões indicam que há uma luz no fim do túnel.

Conforme a agência Fitch Ratings, a eliminação dos impostos de importação ocorre justamente quando o país começa a mostrar sinais de recuperação.

A agência elevou a classificação de risco da Argentina para “CCC”, uma leve melhora que traz alguma confiança em relação à capacidade de pagamento das dívidas do país.

Ao mesmo tempo, o governo de Javier Milei mantém uma política de austeridade fiscal, que inclui um superávit fiscal consecutivo desde outubro e uma previsão de crescimento de 3,9% para 2025, após uma queda de 3,6% em 2024.

Essa política de “déficit zero” tem sido a tônica do governo, com o ministro da Economia, Luis Caputo, liderando ações rigorosas para reorganizar as finanças públicas.

Embora o país ainda enfrente um cenário de recessão, as expectativas de recuperação são moderadamente positivas, caso o governo continue a seguir sua linha de reformas fiscais.

O Caminho do Brasil: ‘proteção ao Mercado Interno

No Brasil, a estratégia segue em uma direção completamente diferente.

O governo brasileiro tem se concentrado em “proteger o mercado interno”, com um endurecimento nas normas de compras internacionais.

A oposição ao governo entende esse aumento de taxas como sanha arrecadatória, disfarçada de “protecionismo”.

De acordo com especialistas, a intenção é aumentar a fiscalização para combater a evasão fiscal e evitar o que eles consideram ser um impacto negativo para a indústria nacional.

Contudo, muitos temem que essas mudanças resultem em um aumento nos preços de produtos importados, o que reduziria ainda mais o poder de compra da população brasileira.

A redução de acesso a produtos estrangeiros pode afetar tanto consumidores quanto empresas que dependem de importações para operar.

Enquanto o Brasil endurece suas políticas fiscais e de importação, o governo de Milei na Argentina busca uma estratégia ousada, que aposta na liberalização econômica para atrair dólares e reverter o quadro de recessão.

O resultado dessa estratégia ainda é incerto, mas as apostas estão lançadas: será que o Brasil conseguirá manter sua estabilidade econômica, ou as medidas protecionistas podem aumentar ainda mais a crise interna?

Redação CNPL sobre artigo de Alisson Ficher