Generic selectors
Somente termos específicos
Buscar em títulos
Buscar em conteúdo
Post Type Selectors
Buscar em posts
Buscar em páginas

ANS debate nova política de preços de planos de saúde com sociedade civil e mercado

Outras notícias

...

A Tabela Fipe não serve para mais nada: lojistas estão sistematicamente pedindo até 40% a mais do que o valor de mercado

bmw 320 2024 1 Nas últimas semanas, olhando os sites de classificados, para tentar achar um carro da maneira que…

COP-30 à vista, o Brasil sob holofotes

É essencial que a governança fundiária avance, viabilizando a criação de um mercado de carbono regulado que garanta segurança jurídica,…

Menor oferta mantém preços dos ovos em valores recordes

Onda de calor pode afetar a produção e a qualidade do produto, alerta o Cepea  Foto: Adobe Stock A baixa…

Precatórios judiciais podem superar CDI em até 431%, mas são bem arriscados

Investimento em precatórios pode oferecer retornos expressivos, mas exige atenção aos prazos e à liquidez, segundo especialistas (Foto: Steve Buissinne/Pixabay)…
  • 10 de outubro de 2024

Padronização das cláusulas de reajuste dos contratos coletivos foi destaque nas discussões durante audiência pública

Crédito: Arquivo/Agência Brasil 

A padronização das cláusulas de reajuste dos contratos coletivos de planos de saúde foi destaque nas discussões durante a audiência pública realizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na segunda-feira (7/10), cujo tema era “Política de Preços e Reajustes dos Planos de Saúde Privados”.

Muitos participantes, incluindo representantes de consumidores e operadoras, argumentaram que uniformizar é essencial para garantir previsibilidade e justiça nas políticas de preço.

Segundo os debates, a medida também pode reduzir conflitos e insatisfações em todo o setor.

As dificuldades encontradas no diagnóstico da ANS são corroboradas pelo próprio setor, como comentou Marcos Paulo Novais, representante da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge).

“O interesse de toda e qualquer operadora de plano de saúde, todas as 141 operadoras associadas, é ofertar produtos e serviços de plano de saúde que sejam passíveis de serem ofertados em nosso Brasil, diante da renda das pessoas, mas que a gente tem uma dificuldade muito grande por conta de custos crescentes e de coberturas que só aumentam e volume de utilização que também só cresce”, afirmou.

Em resposta a essas reivindicações, o diretor de normas e habilitação de produtos da ANS, Alexandre Fioranelli, especificou que será aberto um processo para coletar informações, dados, opiniões e sugestões de diversos atores do setor.

“Em breve nós iremos publicar a tomada de subsídios. Ela será estruturada por tema separadamente, será disponibilizada por tempo suficiente para que todos possam contribuir”, explicou.

A ideia é debater inovações em quatro pontos principais:

  1. reajuste dos planos coletivos — com a padronização das cláusulas de reajuste e a ampliação do pool de risco para contratos coletivos;
  2. mecanismos de regulação financeira — avaliação dos limites e vedações para coparticipação e franquia, garantindo que esses mecanismos sejam aplicados de forma justa e transparente;
  3. venda online de planos de saúde — regulamentação da venda online para reduzir barreiras à contratação e evitar práticas de seleção de risco;
  4. revisão técnica dos planos individuais — definição de critérios claros e transparentes para a revisão técnica dos preços dos planos individuais, visando garantir a sustentabilidade econômica do setor e a proteção dos consumidores.

Segundo diagnóstico realizado pela equipe técnica da ANS, há alguns problemas que ameaçam o setor em todos esses eixos. São eles:

  • Redução do mutualismo — com um aumento de contratos coletivos com poucas vidas, o que reduz o mutualismo. Em 2014, 5% dos contratos coletivos tinham até cinco vidas, enquanto em 2023 esse número subiu para 16%. Isso compromete a sustentabilidade do setor, pois contratos menores diluem menos o risco;
  • Diminuição da oferta de planos individuais — com prioridade para a comercialização de contratos coletivos pulverizados, especialmente no formato de microempreendedores individuais (MEI) e pequenas e médias empresas (PME), em detrimento dos planos individuais. Isso resultou em uma redução de 92% no número de planos individuais ativos por município;
  • Falta de transparência nas cláusulas de reajuste — as cláusulas de reajuste dos contratos coletivos muitas vezes não são claras, objetivas ou transparentes, dificultando a negociação e a compreensão dos reajustes pelos contratantes;
  • Diferença nos reajustes de contratos agrupados — os contratos coletivos agrupados com até 29 vidas têm apresentado reajustes médios significativamente maiores do que os contratos com mais de 30 vidas. Essa diferença tem aumentado desde 2016, indicando que a norma de 2012, que visava diluir o risco desses contratos, não está mais cumprindo seu objetivo;
  • Ausência de normas adequadas para mecanismos de regulação financeira —coparticipação e franquia foram citadas como essenciais para manter o equilíbrio econômico do setor. Apesar disso, a norma sobre esses instrumentos data de 1998 e apresenta lacunas que precisam ser corrigidas, de acordo com os palestrantes. 

Redação CNPL sobre artigo de Jéssica Gotlib