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O descaso do governo com as questões sociais faz novas vítimas todos os dias. As manobras ditadas pelo presidente Temer (PMDB) constroem um país falido, onde o poder econômico determina as diretrizes de uma nação inteira, em detrimento dos direitos trabalhistas e previdenciários. E, a cada nova tomada de decisão, o governo reafirma sua postura descomprometida e sem diálogo com a população. Diante desse cenário onde o capitalismo impera, cabe a nós, trabalhadores, questionar: a serviço de quem o governo está?
Nesta semana, a população sofreu novos bombardeios. É lamentável que diante da maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro na história do Brasil, que inclui inquéritos de 24 senadores, a posição do governo Temer seja de simplesmente pedir para parlamentares da base aliada ‘resistirem’ à Operação Lava Jato. Está claro que esse governo não está dando a devida importância para aos fatos que estão surgindo no país.
Além disso, presenciamos na noite dessa quarta-feira, dia 19 de abril, uma mudança de opinião infundada de uma bancada de 24 deputados federais “vira-casaca”. Em menos de 24 horas esse grupo de parlamentares, que votaram contra o pedido de urgência para tramitação da Reforma Trabalhista (PL 6.787/16), mudaram seu voto e demonstraram serem favoráveis à alteração de mais de uma centena de itens defendidos pelo relator da reforma. Essas mudanças na verdade não passam de tentativa para revogar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Definitivamente, não é possível esperar compromisso com povo de um Presidente da República que não foi eleito pelo povo. Para quem é que serve tamanho desmonte? Com certeza todo esse ‘trabalho’ não é pelo bem-estar da população. Muito pelo contrário, o atual governo busca a falência da legislação trabalhista e força o trabalhador a se manter ativo, em condições insalubres e sem direitos, por um longo período que, para grande parte da classe trabalhadora, representa a morte.
Há cerca de 20 dias, esse Congresso Nacional, no mínimo suspeito, iniciou um articulação inverídica de que os dirigentes sindicais haviam abandonado a reinvindicação da legislação trabalhista e passaram a focar somente na defesa do financiamento das entidades sindicais. Essa situação jamais aconteceu. A luta do movimento sindical sempre foi e sempre será em defesa dos direitos dos trabalhadores.
Nossa reivindicação, enquanto dirigentes sindicais e trabalhadores, permanece firme e forte. Nossa presença está cada vez mais acentuada em reuniões, mesas de debate, atos de rua, audiências públicas, entre outras iniciativas que fortalecem a defesa dos trabalhadores duramente atacados por aqueles que deveriam, conforme prevê a Constituição Cidadã de 88, defendê-los. Com esperança e fé, a luta continua aguerrida em todo o país. Sigamos em frente.
Carlos Alberto Schmitt de Azevedo
Presidente da Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL)
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