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Inflação alimenta reivindicações de categorias historicamente aliadas ao PT, como metalúrgicos e petroleiros
O temor de uma disparada ainda maior da inflação nos próximos meses deverá elevar a pressão de sindicatos de trabalhadores por reajustes salariais às vésperas das eleições presidenciais de outubro. As estimativas do mercado financeiro são que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o parâmetro oficial do custo de vida no país, rompa o teto da meta de inflação, de 6,5% ao ano, já a partir de maio, e permaneça nesse patamar até dezembro. Coincidentemente, esse será o período em que categorias com forte poder de mobilização, historicamente ligadas ao PT, como bancários, metalúrgico e petroleiros, tentarão obter recomposição dos salários.
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) levantou as datas bases de negociação de 710 categorias profissionais. A maior parte das negociações está programada para o período de maio a dezembro, quando 451 sindicatos planejam abrir negociação com os patrões. Em setembro, a um mês das eleições, 74 categorias estarão reivindicando melhores salários.
A entidade que representa mais de 512 mil bancários de todo o país já marcou data para a negociação: 1º de setembro. Em 2013, a categoria cruzou os braços por 23 dias e conseguiu reajuste de 1,82% acima da inflação. Um ano antes, em 2012, foram necessários apenas 9 dias parados para obter conquista maior: ganho real de 2%. Metalúrgicos e ferroviários também têm data-base na mesma época. “Sempre reivindicamos a reposição integral da inflação e faremos o mesmo neste ano”, avisou o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes.
Fonte: Correio Braziliense
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