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Os líderes sindicais dos cinco países do grupo BRICS querem participar da administração do Novo Banco de Desenvolvimento, o “banco dos BRICS”, que deve ser efetivamente criado nesta terça-feira, 15. Os dirigentes sindicais de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul participam, neste momento, do fórum BRICS Sindical, que acontece simultaneamente à reunião de cúpula do bloco, que concentra os presidentes e primeiros-ministros. O Broadcast obteve a declaração conjunta que está colocada em discussão pelos sindicalistas. A reunião tem a participação do ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
“Consideramos que as centrais sindicais dos países BRICS deveriam estar representadas nos diversos grupos de trabalho, incluindo no Banco dos BRICS, de forma a garantir que a dimensão da participação social nos BRICS seja fortalecida”, afirmam os sindicalistas dos cinco países.
No documento, os líderes sindicais clamam pelo reconhecimento institucional dos presidentes e primeiros-ministros. “Instamos aos chefes de Estado e governo a reconhecer o nosso fórum BRICS Sindical como um espaço institucional dentro da estrutura oficial do BRICS, e expressamos assim nossa expectativa em receber o mesmo tratamento dispensado ao Conselho Empresarial”.
O documento, denominado “Carta”, também faz críticas à política econômica adotada pelos países ricos, como os Estados Unidos e as nações que fazem parte da União Europeia. “Não podemos aceitar fracassadas políticas de austeridade aplicadas na Europa e nos EUA como a única saída para a crise. As receitas advindas serviriam para ampliar o investimento no setor produtivo e na infraestrutura; nas áreas de educação, ciência e tecnologia; de formação e qualificação profissional, como forma de gerar mais empregos e melhores salários”, dizem os sindicatos.
Entre os dirigentes sindicais estão os presidentes das três maiores centrais sindicais brasileiras: como Vagner Freitas, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Miguel Torres, da Força Sindical, e Ricardo Patah, da União Geral dos Trabalhadores (UGT). Além deles, também estão presentes dirigentes da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e da Central Geral de Trabalhadores Brasileiros (CGTB).
Há dirigentes de centrais e confederações de trabalhadores de Rússia, Índia, China e África do Sul.
A Confederação Nacional das Profissões Liberais – CNPL é a única confederação de trabalhadores brasileira presente ao evento. Para o presidente da CNPL, Carlos Alberto Schmitt de Azevedo, a proposta de criação do Banco do BRICS é uma ideia que já vem sendo amadurecida de algum tempo e já está pronta para ser posta em prática.
“Em junho de 2012, em uma reunião em Los Cabos (México), os Ministros das Finanças e Presidentes dos Bancos Centrais começaram a explorar a construção de uma rede de segurança financeira por meio da criação de um Arranjo Contingente de Reservas (ACR) entre os países do BRICS. Na ocasião, os participantes da reunião concluíram que o estabelecimento de um arranjo contingente de reservas autogerido teria um efeito de precaução positivo, ajudaria os países do BRICS a evitar pressões de liquidez de curto prazo, forneceria apoio mútuo e reforçaria adicionalmente a estabilidade financeira de cada nação participante”, resumiu Azevedo.
Fonte: Estadão / Assessoria de Imprensa CNPL
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