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A Confederação Nacional das Profissões Liberais – CNPL, participou nesta terça-feira, dia 5 de setembro, em Brasília/DF, do lançamento do Movimento Nacional de Resistência contra as Reformas: por um Brasil melhor, protagonizado pelo Fórum Sindical dos Trabalhadores – FST. O lançamento contou com a presença de especialistas em direito e justiça do trabalho, bem como de dirigentes sindicais de diversas categorias de trabalhadores em todo o país.
O presidente da CNPL, Carlos Alberto Schmitt de Azevedo, parabenizou a iniciativa do FST pela luta de resistência em âmbito nacional e enfatizou a importância de intensificar a unidade do movimento sindical para combater o cenário de perversidade estabelecido pelo governo Temer. “Tristemente, nós, profissionais liberais já conhecemos, há algum tempo, o trabalho intermitente e a precarização nas relações de trabalho, inclusive foi essa realidade que inspirou o lançamento da tese da CNPL, no Congresso da Anamatra, que denúncia a escravidão contemporânea. O momento requer unidade. A mesma unidade que os patrões tiveram para financiar esse Congresso e parte dos ministros envolvidos na Operação Lava-Jato, precisamos ter para combater tamanho massacre”, destacou.
Entre os especialistas, o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, ressaltou a necessidade de compreender o contexto mundial de mudança na organização econômica, na atividade produtiva e no custo do trabalho, para entender a real intenção da reforma trabalhista que inclui o Brasil em uma situação de subordinação a uma nova ordem econômica. “Nossa prioridade é absoluta para combater os impactos que essas mudanças provocarão no mundo do trabalho. Isso deve nos levar para um forte trabalho de pesquisa, assessoria e de formação”, esclareceu.
Para Clemente Ganz Lúcio, a reforma trabalhista é de longo prazo e por isso requer uma campanha permanente para enfrentar esse padrão de mudança que já provocou 642 alterações para flexibilização na legislação e na negociação coletiva, em 110 países no mundo. “Essa reforma cria um menu de possibilidades de formato de trabalho inimagináveis que permite produção de bens e serviços, na rede pública e privada, com volume de jornada de trabalho para produção em tempo real, seja com 10 ou 20 horas de trabalho, se necessário e com segurança jurídica com a nova regra. Bem como especifica jornadas de trabalho, com contrato temporário, terceirização, trabalho intermitente, autônomo exclusivo. Nesse sentido, o serviço público já está avançado na terceirização com a nova regra, pois tem municípios que já estão fazendo pregão para contratar serviços educacionais, leia-se professores. E é esse tipo de desafio que temos que estar preparados para enfrentar”, pontuou.
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