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O médico paraense, Waldir Araújo Cardoso, eleito no último dia 27/11, como o primeiro presidente da recém criada FMB – Federação Médica Brasileira reuniu-se em Brasília, com o presidente da CNPL – Confederação Nacional das Profissões Liberais, Carlos Alberto Schmitt de Azevedo para discutirem o estreitamento de relações entre as entidades e com as demais Federações filiadas à CNPL ligadas às áreas da Saúde.
Durante o encontro, Waldir Cardoso destacou que a visita à CNPL era a primeira realizada com cunho oficial desde a sua posse e significou o agradecimento formal ao apoio da Confederação ao processo de criação e consolidação da FMB.
“Considero um marco histórico, no âmbito do movimento sindical das profissões liberais, o estabelecimento e o aprofundamento das relações entre a categoria dos médicos e a CNPL, que abre grandes perspectivas de crescimento e colaboração mútua em todas as pontas desse relacionamento”, afirmou o presidente da FMB.
Longa estrada
Waldir Cardoso é um sindicalista da área da saúde com mais de 20 anos de atuação, já tendo presidido o Sindicato dos Médicos do Pará – SINDMEPA, além de, também, ter atuado na seara política, tendo exercido a função de vereador na Câmara Municipal de Belém e gestor na área da saúde na administração municipal.
Cardoso explica que o processo de criação da nova Federação dos Médicos, que já nasce com uma enorme representatividade de 190 mil associados, divididos em 14 sindicatos em todo o Brasil, com uma base muito forte também nas Regiões Norte e Nordeste, foi resultado de divergências internas insanáveis com a Federação da qual se desmembraram.
“Ao fim do ano de 2014, cientes de que as vias do diálogo e da solução política haviam se esgotado, esse grupo composto por sindicatos de médicos de 14 estados brasileiros resolveu que a melhor solução passava pela fundação de uma nova Federação que propiciasse a forma de representação laboral que almejávamos oferecer à nossa categoria”, contou Cardoso.
Esse novo tipo representação materializou-se – segundo ele – na implantação de um modelo de gestão baseado em uma diretoria colegiada, calcada nos princípios de descentralização das ações e tomadas de decisões conjuntas.
Representação nacional
Aliás, Cardoso se considera um bom produto da descentralização e de como, paradoxalmente, ela pode vir a ser muito benéfica para os propósitos de unidade, dando voz e força aqueles que se encontravam dispersos e desassistidos no seu direito básico de representação laboral.
“Sou um dirigente sindical, de uma região considerada periférica, em se tratando de política trabalhista mas, que em função de uma nova visão de fortalecimento e valorização de todos os sindicatos, de todos os trabalhadores, foi dada a oportunidade de presidir uma nova Federação laboral que, em sua essência, já nasce dividindo as responsabilidades de direção com companheiros representantes das cinco regiões geográficas do Brasil. Mais democrático e representativo impossível”, exemplificou Cardoso.
Pautas em prol da saúde
Em sua conversa com o presidente Carlos Alberto, Waldir Cardoso foi enfático em ressaltar a disposição de a nova Federação se abrir para o diálogo e para as múltiplas pautas que envolvem hoje em dia o setor da saúde no País, estabelecendo parcerias, e abraçando as demandas que visem o fortalecimento do Sistema Único de Saúde, inclusive com o estabelecimento de um piso salarial nacional único para os trabalhadores do SUS, respeitando-se as especificidades de cada categoria.
Outro aspecto fundamental da aproximação com a CNPL, ainda de acordo com Cardoso, é trazer para dentro da entidade uma discussão muitíssimo importante tanto para a classe médica, quanto para para a sociedade, que é a aprovação da PEC (Projeto de Emenda Constitucional) 454/2009, de autoria do então deputado – e hoje senador – Ronaldo Caiado.
“Essa PEC cria a Carreira de Médico do Estado, visando prover aos municípios desassistidos a oportunidade de contratar profissionais médicos voltados para a atenção básica, a chamada medicina de família, promovendo os cuidados primários, a profilaxia, desafogando dessa forma a demanda nos hospitais das cidades maiores e com mis recursos que também já não suportam a demanda”, alertou.
Conforme explica Cardoso, a aprovação dessa PEC teria evitado a ação atabalhoada do governo no episódio da criação e implantação do mais médicos que pecou em várias frentes, a principal delas em trazer profissionais de outros países sem o devido reconhecimento de suas competências técnicas e profissionais.
Ao agradecer a visita, o presidente da CNPL reforçou a importância do estabelecimento desses vínculos direcionados para o fortalecimento do movimento sindical das profissões liberais, das quais os médicos são representantes de extrema importância e relevância.
Assessoria de Imprensa / Comitê de Divulgação CNPL
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