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Foto: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) criticou as medidas anunciadas pelo governo federal para conter a alta dos preços dos alimentos.
Em nota oficial divulgada no dia 7/3, a entidade classificou as ações como “pontuais e ineficazes”, argumentando que o principal fator inflacionário não é a oferta de alimentos, mas sim o desequilíbrio fiscal, que impacta diretamente os custos de produção no Brasil.
Entre as medidas anunciadas pelo governo está a zeragem das tarifas de importação para produtos como carne, café, açúcar, milho, óleo de girassol, óleo de palma, sardinha e massas alimentícias.
Segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin, as ações fazem parte de um pacote para tentar reduzir o preço dos alimentos ao consumidor.
No entanto, a FPA contesta a estratégia do governo e afirma que o real impacto na inflação será sentido com a colheita da safra brasileira nos próximos meses.
Para os parlamentares do agro, não é repassando aos produtores rurais o custo do desajuste fiscal que será possível garantir preços mais baixos para os alimentos.
Críticas à falta de apoio à produção nacional
Outro ponto questionado pela FPA é a decisão do governo de zerar impostos para produtos importados sem garantir um reforço ao apoio da produção nacional.
A entidade ressalta que, em vez de favorecer importações, seria mais eficaz incentivar políticas de crédito e financiamento para os produtores brasileiros.
Diante disso, a FPA reforça a necessidade de iniciar as tratativas para o Plano Safra 2025/26, garantindo recursos suficientes, juros adequados e acesso pleno aos produtores rurais.
Além disso, os parlamentares do agro ainda aguardam um posicionamento do governo sobre medidas estruturantes de curto e médio prazo, apresentadas pelo setor produtivo no fim de janeiro ao Ministério da Fazenda e à Casa Civil.
Outras medidas anunciadas pelo governo
Além da redução das tarifas de importação, o governo também anunciou a ampliação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), permitindo que leite, mel, ovos e carnes inspecionados em municípios e estados possam ser vendidos em todo o país.
A meta é aumentar o número de registros no sistema de 1.550 para 3.000, o que, segundo o Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, traria mais competitividade e redução de custos no setor de proteína animal.
Apesar das iniciativas, o setor agropecuário segue cobrando soluções de longo prazo e um diálogo mais efetivo com o governo para garantir estabilidade econômica e segurança para os produtores rurais.
Redação CNPL sobre artigo de Luís Roberto Toledo / Canal Rural
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