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NR-1 traz novas obrigações trabalhistas para as empresas a partir de maio

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Atualização da NR-1 impõe novas responsabilidades aos empregadores sobre saúde mental dos trabalhadores.

 A partir de 2025, todas as empresas brasileiras deverão avaliar e mitigar riscos psicossociais no ambiente de trabalho.

A exigência decorre da atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), promovida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que estabelece diretrizes gerais para a segurança e saúde ocupacional.

A medida visa a prevenção de transtornos mentais relacionados ao trabalho e amplia a responsabilidade dos empregadores sobre a saúde psicológica dos trabalhadores.

De acordo com o advogado trabalhista e sócio do escritório Ambiel Advogados, Aloísio Costa Junior, a atualização da NR-1 impõe novas obrigações às empresas, que deverão identificar focos de risco à saúde mental, estabelecer planos de ação para erradicá-los e realizar avaliações periódicas de eficácia das medidas adotadas.

“O empregador que não comprovar o cumprimento dessas exigências pode ser responsabilizado judicialmente em casos de adoecimento mental de seus funcionários”, alerta o especialista.

A regulamentação também fortalece a proteção jurídica aos trabalhadores. Segundo Costa Junior, o estigma em torno das doenças mentais no trabalho pode ser reduzido, ao tornar explícito que a saúde psicológica deve ser preservada.

“O empregador pode e deve adotar medidas para minimizar esses riscos, sob pena de ser responsabilizado na forma da lei”, explica.

O especialista em Direito do Trabalho e sócio do Comparato, Nunes, Federici & Pimentel Advogados, Gilson de Souza Silva, destaca que as empresas precisarão implementar um conjunto de ações para garantir a conformidade com a NR-1.

Entre as principais medidas estão:

  • Identificação de fatores de risco: carga excessiva de trabalho, assédio moral e sexual, jornadas exaustivas, conflitos interpessoais e insegurança no emprego;
  • Aplicação de ferramentas de avaliação: questionários padronizados, entrevistas, observação do ambiente de trabalho e análise de absenteísmo;
  • Treinamento e sensibilização: capacitação de gestores para identificar sinais de estresse e burnout, além de palestras sobre saúde mental;
  • Desenvolvimento de um plano de ação: revisão de políticas internas, flexibilização de horários, gestão humanizada e criação de espaços de apoio psicológico;
  • Monitoramento contínuo: reavaliação periódica dos riscos psicossociais e medição dos indicadores de bem-estar dos trabalhadores.  

A adoção das novas regras também impõe desafios às empresas. Entre os principais estão a falta de cultura organizacional voltada à saúde mental, dificuldade na identificação dos riscos psicossociais e resistência de gestores e trabalhadores.

Outro obstáculo apontado por Silva é a escassez de profissionais qualificados para conduzir a avaliação.

“Pequenas e médias empresas podem não contar com especialistas em saúde mental, exigindo capacitação interna ou contratação de consultorias”, pondera.

Ele também alerta para a necessidade de monitoramento contínuo, evitando que a adequação à NR-1 se torne um processo burocrático e ineficaz. 

Redação CNPL Com informações M2 Comunicação Jurídica