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Alguns leitores, diante dos sucessivos ataques infundados das empresas francesas ao agronegócio brasileiro, nos pediram para apresentar a importância do país para o mercado de carne bovina brasileiro, quando o assunto se refere a exportação.
O fato é que agora outra empresa francesa, o Carrefour, comunicou que não deve comercializar carne bovina proveniente do Mercosul em suas redes varejistas na União Europeia.
Primeiro, é importante dizer que lamentamos o comunicado, principalmente por desconhecerem o agronegócio brasileiro e seus valores.
Mas vamos ao lado prático, pois o efeito moral é grande.
Do ponto de vista econômico o efeito é muito, muito pequeno (primeira Tabela).
A França importa 0,003% do total de carne bovina embarcada pelo Brasil, isso considerando os dados no acumulado até outubro de 2024.
A Tabela apresenta os dados de exportação de carne bovina in natura do Brasil (congelada e resfriada), total, para a China, Estados Unidos e a França, entre janeiro e outubro, de 2020 a 2024, segundo dados da COMEX.
França representa 0,002% do mercado de exportação de carne bovina in natura do Brasil, medida pelo embarque, em 2024.
A França comprou, entre janeiro e outubro de 2024, menos de 40 toneladas de carne bovina in natura do Brasil, o que representa 0,002% do total embarcado pelo Brasil no período, de 1,41 milhão de toneladas.
A União Europeia, por outro lado, tem uma importância maior para a exportação de carne bovina do Brasil, apesar de ainda modesta (segunda Tabela), participando com cerca de 2,2% dos embarques do País na parcial de 2024, até outubro.
A Tabela os dados de exportação de carne bovina in natura do Brasil (congelada e resfriada), total, para a China, Estados Unidos e a União Europeia (UE), entre janeiro e outubro, de 2020 a 2024, segundo dados da COMEX.
Os dados econômicos talvez justifiquem esses tristes ataques ao agronegócio brasileiro, já que a França hoje é um cliente muito pouco relevante para o mercado de carne bovina do Brasil.
No entanto a França e suas empresas, em especial o Carrefour, talvez não imaginem o efeito do repúdio e das consequências do consumidor aos produtos de origem francesa que são comercializados no País, afinal de contas, a população brasileira está cada vez mais ciente da importância e o compromisso do agro com a produção de alimento, as gerações futuras e o meio-ambiente.
O importante é que apesar desses ataques infundados sobre o agronegócio do Brasil, a exportação de carne bovina segue renovando as máximas em 2024.
Aliás, na parcial de novembro já caminha para nova máxima para o período do ano, em 2024 (clique aqui).
O lado positivo é que em 2024 países como Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Estados Unidos e México são exemplos que mostram o aumento da importância de outros países para o mercado de exportação de carne bovina brasileiro.
E nesse contexto, vemos que a China diminuiu o ritmo de crescimento nas importações de carne bovina do Brasil, mas as vendas do Brasil como um todo não, ou seja, outros países também estão comprando mais carne bovina do Brasil.
Redação CNPL sobre artigo de Ivan Formigoni
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