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O valor do metro quadrado da construção civil é R$ 1.728,11.
Desse total, R$ 1.004,92 são relativos aos materiais e a parcela da mão de obra corresponde a R$ 723,19.
Os dados constam na divulgação de março de 2024 do SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil).
No segundo mês de 2024, o Índice Nacional da Construção Civil apresentou variação de 0,15%, caindo 0,04 ponto percentual em relação a janeiro de 2024 (0,19%).
Na comparação com fevereiro do ano passado, quando o índice variou em 0,08%, o número foi maior em 0,07 ponto percentual.
O acumulado nos últimos 12 meses é de 2,50% — próximo dos 2,43% observados nos 12 meses anteriores.
Valor dos materiais de construção e mão de obra
A parcela dos materiais no valor do metro quadrado da construção apresentou variação de 0,17%, o que representa alta de 0,03 ponto percentual em relação a janeiro (0,14%).
Considerando o índice de fevereiro de 2023 (0,10%), houve aumento de 0,07 ponto percentual.
Já a mão de obra subiu 0,13%, registrando queda de 0,14 ponto percentual frente a janeiro (0,27%).
Na comparação com fevereiro de 2023 (0,04%), observa-se alta de 0,09 ponto percentual.
O resultado acumulado dos últimos 12 meses ficou em 0,30% na parcela dos materiais e 5,75% na parcela da mão de obra.
Variação do valor do metro quadrado em 12 meses
Confira, na tabela abaixo, como o valor do metro quadrado da construção civil variou nos últimos 12 meses:
Data | Valor do metro quadrado | Variação do INCC |
Fevereiro de 2024 | R$ 1.728,11 | 0,15% |
Janeiro de 2024 | R$ 1.725,52 | 0,19% |
Dezembro de 2023 | R$ 1.722,19 | 0,26% |
Novembro de 2023 | R$ 1.717,71 | 0,08% |
Outubro de 2023 | R$ 1.716,30 | 0,14% |
Setembro de 2023 | R$ 1.713,87 | 0,02% |
Agosto de 2023 | R$ 1.713,52 | 0,18% |
Julho de 2023 | R$ 1.710,37 | 0,23% |
Junho de 2023 | R$ 1.706,50 | 0,39% |
Maio de 2023 | R$ 1.699,79 | 0,36% |
Abril de 2023 | R$ 1.693,67 | 0,27% |
Março de 2023 | R$ 1.689,13 | 0,20% |
Valor do metro quadrado da construção civil por região
De acordo com o SINAPI, a região Centro-Oeste apresentou a maior variação em fevereiro (0,36%) — puxada pelas altas em Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.
Na sequência, aparecem o Nordeste (0,17%), Norte (0,14%), Sudeste (0,11%) e Sul (0,10%).
Quando analisados os números de cada estado em fevereiro de 2024, o Ceará se destaca, com variação de 0,92%, número explicado pelas altas nas parcelas de materiais e categorias profissionais.
Veja os detalhes nas tabelas:
SINAPI – FEVEREIRO DE 2024
COM DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO
Áreas Geográficas | Custos Médios | Números Índices | Variações Percentuais | ||
R$/m² | Jun/94=100 | Mensal | No ano | 12 meses | |
Brasil | 1728,11 | 864,96 | 0,15 | 0,34 | 2,50 |
Região Norte | 1785,43 | 889,65 | 0,14 | 0,74 | 3,47 |
Rondônia | 1828,23 | 1019,43 | 0,24 | 0,27 | 3,82 |
Acre | 1892,13 | 1004,07 | 0,19 | 0,87 | 4,18 |
Amazonas | 1807,60 | 884,80 | 0,02 | 0,81 | 4,99 |
Roraima | 1885,96 | 783,37 | 0,40 | 0,70 | 6,23 |
Pará | 1741,89 | 835,15 | -0,02 | 0,53 | 1,89 |
Amapá | 1715,88 | 833,39 | 0,60 | 1,12 | 4,25 |
Tocantins | 1836,18 | 965,39 | 0,72 | 1,68 | 4,12 |
Região Nordeste | 1609,65 | 869,45 | 0,17 | 0,66 | 3,07 |
Maranhão | 1667,23 | 878,51 | 0,37 | 0,80 | 4,81 |
Piauí | 1622,09 | 1078,09 | 0,45 | 0,45 | 4,50 |
Ceará | 1608,44 | 929,12 | 0,92 | 1,69 | 3,81 |
Rio Grande do Norte | 1632,99 | 823,11 | 0,53 | 0,92 | 5,50 |
Paraíba | 1660,41 | 918,15 | 0,37 | 0,54 | 4,40 |
Pernambuco | 1570,30 | 839,49 | -0,04 | 0,06 | 1,91 |
Alagoas | 1575,73 | 787,10 | 0,16 | 0,78 | 4,08 |
Sergipe | 1547,16 | 822,06 | 0,33 | 1,14 | 4,12 |
Bahia | 1598,81 | 846,38 | -0,45 | 0,29 | 1,07 |
Região Sudeste | 1765,45 | 845,11 | 0,11 | 0,07 | 1,34 |
Minas Gerais | 1617,35 | 890,07 | 0,30 | 0,34 | -1,26 |
Espírito Santo | 1577,37 | 875,04 | -0,04 | -0,09 | 2,48 |
Rio de Janeiro | 1899,42 | 865,59 | 0,33 | 0,26 | 3,19 |
São Paulo | 1816,04 | 820,04 | -0,08 | -0,14 | 1,92 |
Região Sul | 1845,73 | 882,74 | 0,10 | 0,17 | 4,59 |
Paraná | 1832,05 | 876,13 | 0,28 | 0,42 | 5,24 |
Santa Catarina | 1983,80 | 1074,10 | -0,10 | -0,17 | 4,06 |
Rio Grande do Sul | 1735,64 | 787,64 | 0,00 | 0,07 | 4,03 |
Região Centro-Oeste | 1761,49 | 899,14 | 0,36 | 0,37 | 1,91 |
Mato Grosso do Sul | 1697,63 | 798,51 | -0,26 | -0,24 | 1,48 |
Mato Grosso | 1815,75 | 1035,72 | 0,78 | 0,79 | 2,33 |
Goiás | 1718,69 | 907,84 | 0,49 | 0,56 | 1,68 |
Distrito Federal | 1792,46 | 791,61 | 0,03 | -0,02 | 2,01 |
SINAPI – FEVEREIRO DE 2024
SEM DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO
Áreas Geográficas | Custos Médios | Números Índices | Variações Percentuais | ||
R$/m² | Jun/94=100 | Mensal | No ano | 12 meses | |
Brasil | 1839,22 | 919,73 | 0,14 | 0,34 | 2,68 |
Região Norte | 1888,95 | 941,26 | 0,13 | 0,71 | 3,58 |
Rondônia | 1936,13 | 1079,48 | 0,22 | 0,29 | 3,94 |
Acre | 1995,99 | 1059,46 | 0,18 | 0,81 | 4,33 |
Amazonas | 1912,94 | 936,78 | 0,02 | 0,75 | 5,26 |
Roraima | 2003,09 | 831,80 | 0,42 | 0,74 | 6,29 |
Pará | 1842,37 | 883,11 | -0,02 | 0,51 | 2,02 |
Amapá | 1815,59 | 881,98 | 0,56 | 1,10 | 4,08 |
Tocantins | 1942,72 | 1021,81 | 0,68 | 1,70 | 4,25 |
Região Nordeste | 1707,77 | 922,49 | 0,17 | 0,67 | 3,25 |
Maranhão | 1767,21 | 931,34 | 0,35 | 0,78 | 4,97 |
Piauí | 1719,84 | 1142,88 | 0,46 | 0,49 | 4,70 |
Ceará | 1702,82 | 983,02 | 0,88 | 1,69 | 3,95 |
Rio Grande do Norte | 1730,86 | 872,16 | 0,56 | 0,92 | 5,69 |
Paraíba | 1761,01 | 973,71 | 0,41 | 0,57 | 4,54 |
Pernambuco | 1666,18 | 891,04 | -0,04 | 0,05 | 2,16 |
Alagoas | 1671,25 | 835,18 | 0,15 | 0,82 | 4,17 |
Sergipe | 1639,54 | 871,41 | 0,31 | 1,19 | 4,41 |
Bahia | 1700,16 | 899,18 | -0,42 | 0,33 | 1,37 |
Região Sudeste | 1885,66 | 902,24 | 0,10 | 0,06 | 1,59 |
Minas Gerais | 1717,22 | 944,59 | 0,28 | 0,31 | -1,18 |
Espírito Santo | 1675,01 | 929,36 | -0,04 | -0,08 | 2,68 |
Rio de Janeiro | 2034,47 | 927,83 | 0,30 | 0,23 | 3,57 |
São Paulo | 1944,36 | 878,11 | -0,07 | -0,13 | 2,18 |
Região Sul | 1970,10 | 941,94 | 0,09 | 0,21 | 4,60 |
Paraná | 1960,17 | 937,21 | 0,26 | 0,51 | 5,32 |
Santa Catarina | 2119,31 | 1147,87 | -0,09 | -0,15 | 3,93 |
Rio Grande do Sul | 1843,00 | 836,67 | 0,00 | 0,10 | 4,12 |
Região Centro-Oeste | 1868,64 | 953,85 | 0,34 | 0,35 | 2,12 |
Mato Grosso do Sul | 1800,81 | 846,42 | -0,26 | -0,23 | 1,74 |
Mato Grosso | 1924,82 | 1098,21 | 0,74 | 0,72 | 2,59 |
Goiás | 1825,21 | 963,25 | 0,46 | 0,54 | 1,86 |
Distrito Federal | 1900,61 | 839,69 | 0,03 | -0,03 | 2,13 |
Por que o preço do metro quadrado da construção é tão importante?
Produção conjunta do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da Caixa Econômica Federal, o SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) foi criado em 1969.
O objetivo era a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada, com abrangência nacional, para apoiar a elaboração e a avaliação de orçamentos, como também o acompanhamento de custos.
Hoje, o SINAPI é a principal tabela de referência para composições e preços de serviços e atividades de obras públicas e privadas no Brasil.
As séries mensais de custos e índices de custos referem-se ao valor do metro quadrado de uma construção no canteiro de obras.
Elas não contemplam as despesas com projetos em geral, licenças, seguros, instalações provisórias, depreciações dos equipamentos, compra de terreno, administração, financiamento e aquisição de equipamentos.
As estatísticas do SINAPI são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público.
Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.
INCC-M
Além do SINAPI, calculado e divulgado pelo IBGE, outro importante indicador de custos do setor é o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Assim como o custo por metro quadrado da construção determinado pelo IBGE, o INCC acompanha a evolução dos preços de materiais, serviços e mão de obra destinados à construção de residências.
Ele é calculado em sete capitais — Brasília, Recife, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Como ficou o INCC em fevereiro?
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) aumentou 0,20% em fevereiro de 2024, número inferior à taxa de 0,23% registrada no mês anterior.
O INCC acumula alta de 3,23% em 12 meses.
A título de comparação, em fevereiro de 2023 o indicador tinha subido 0,05% e se observava um aumento de 8,76% em 12 meses.
Em fevereiro, o custo com a mão de obra cresceu 0,16%, ante 0,42% em janeiro.
O custo com materiais, equipamentos e serviços teve alta de 0,23% em fevereiro, após alta de 0,10% no mês anterior.
Dentro do grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a categoria de Materiais e Equipamentos registrou um aumento de 0,20% em fevereiro, marcando um crescimento em relação à taxa de 0,09% vista em janeiro.
Esse avanço reflete uma tendência de alta nos preços desses insumos.
Na variação relativa a Serviços, observou-se um aumento significativo na variação, que passou de 0,20% em janeiro para 0,49% em fevereiro.
Este crescimento destaca-se especialmente no item “projetos”, que viu sua taxa de variação escalar de 0,18% para 0,69%.
Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo tiveram uma desaceleração em suas taxas de variação, indicando uma moderação nos custos de construção.
Já Salvador, Brasília, Recife e Rio de Janeiro registraram um avanço em suas taxas de variação — aumento que pode ser atribuído a fatores como a intensificação da demanda por novos projetos de construção, ajustes nos preços dos insumos locais ou mudanças nas condições do mercado de trabalho.
CUB
Índices como o INCC e o SINAPI são fundamentais para os orçamentistas calcularem o custo da construção.
Além desses dois indicadores, outra referência importante para apoiar a estimativa de valores é o Custo Unitário Básico (CUB), calculado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de cada região, com base nos preços de produtos e serviços relacionados à atividade.
O CUB reflete a variação dos custos das construtoras.
Além de ser um importante termômetro na variação dos custos de mão de obra e serviços, ele é de uso obrigatório nos registros de incorporação dos empreendimentos imobiliários.
O preço básico é determinado por metro quadrado e a apuração dos valores é feita segundo os projetos-padrões de referência.
Planejamento e execução
Conhecer o valor do metro quadrado da construção civil e acompanhar o comportamento da inflação setorial é chave para o planejamento e execução dos projetos.
Ter o domínio sobre esses indicadores, que variam de forma muito dinâmica a cada mês, é fundamental para a elaboração de orçamentos mais assertivos e para garantir a viabilidade financeira dos novos empreendimentos.
Redação CNPL com informações do expresso.arq
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