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Comparação entre Imposto de Renda, Previdência Social e Taxa Negocial – Em defesa dos sindicatos

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  • 24 de agosto de 2023

(*) Por Renato Soares Pires Melo

Em um panorama econômico onde cada centavo no bolso do trabalhador conta, é válido questionar onde exatamente esses centavos vão parar.

Enquanto impostos e taxas são cobrados de diferentes formas e por diferentes instituições, é crucial analisar o impacto real que cada um deles tem na vida do cidadão comum.

O Imposto de Renda é uma realidade familiar para a maioria dos brasileiros. Seus percentuais vão de 7,5% a 27,5%, dependendo da faixa salarial.

Em um primeiro olhar, parece ser um corte significativo nos salários, sem que muitos percebam os benefícios tangíveis em retorno.

E temos, também, a Previdência Social, com suas alíquotas que variam entre 7,5% e 14% mensalmente, que muitas vezes é vista como uma fonte de descontos exorbitantes, especialmente quando se considera as controvérsias em torno dos benefícios que oferece e das constantes discussões sobre reformas.

Contrastando com esses dois gigantes fiscais, temos a taxa negocial de 1% ao ano, cobrada pelos sindicatos profissionais. Pode parecer uma porcentagem pequena em comparação, mas o valor e o impacto dessa taxa não devem ser subestimados.

A contribuição assistencial, neste caso, é devida apenas por aqueles que são beneficiados pela norma coletiva, e ainda assim, o trabalhador tem o direito garantido de se opor à taxa, caso não concorde.

Mas o que essa taxa realmente representa? Os sindicatos desempenham um papel crucial na defesa dos direitos dos trabalhadores, desde reajustes salariais a melhorias nas condições de trabalho.

Ao contrário de algumas das taxas mais robustas mencionadas anteriormente, a contribuição sindical é diretamente reinvestida na defesa dos trabalhadores.

Recentemente, houve críticas em relação aos sindicatos e à taxa negocial. No entanto, é essencial perguntar: quem está por trás dessas críticas?

Muitos dos que atacam os sindicatos parecem menos preocupados com a defesa dos trabalhadores e mais interessados em semear dúvidas e incertezas.

Em vez de se concentrar no pequeno percentual que beneficia diretamente os trabalhadores, por que não questionamos onde vão as fatias mais significativas do nosso salário?

Então, quando ouvimos críticas aos sindicatos, devemos nos perguntar: “quem luta pelo reajuste anual dos salários e outros benefícios para os trabalhadores”?

E, mais importante, quem realmente tem em mente os melhores interesses dos trabalhadores?

(*) Renato Soares Pires Melo – Presidente da Federação Interestadual dos Farmacêuticos.